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Estado de Minas

Taxa de desemprego em outubro fica em 5,3%, a mais baixa em 10 anos

Em Belo Horizonte, a taxa de desocupação também ficou estável, de 3,9% para 4,0%


postado em 22/11/2012 10:32 / atualizado em 22/11/2012 12:43

A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu para 5,3% em outubro, depois de ter registrado 5,4% em setembro. Apesar da estabilidade em relação ao mês anterior, essa é a taxa mais baixa para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, em 2002. Em outubro de 2011, a taxa havia ficado em 5,8%, queda significativa em relação a outubro deste ano.

Segundo a técnica da pesquisa mensal de emprego do instituto, Adriana Beringuy, em outubro, houve uma redução da população economicamente ativa, ou seja, da população que não está trabalhando e que também não está procurando trabalho. "Esse contingente que antes estava parado começa a pressionar o mercado em busca de trabalho, pode ser em razão do período natalino ou pelo próprio aquecimento do mercado", diz a técnica.

Adriana também explicou que apesar do resultado estável (de 5,4% para 5,3%), não significa que a taxa está congelada. "O mercado está absorvendo pessoas talvez no ritmo tão grande como está sendo pressionado, no entanto, a reação do mercado do ponto de vista da geração não foi tão forte a ponto de fazer a taxa cair”, conclui.


Em Belo Horizonte, a taxa ficou estável em 3,9%, ante 4,0% em setembro. Regionalmente, a taxa de desocupação subiu em Recife (de 5,7% para 6,7%), caiu em São Paulo (de 6,5% para 5,9%) e ficou estável nas demais regiões. No confronto com outubro de 2011, a taxa recuou em Salvador (2,4 pontos percentuais) e no Rio de Janeiro (1,1 ponto percentual) e manteve a estabilidade nas demais regiões.

Segundo a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), a população desocupada somou 1,3 milhão de pessoas e não variou na comparação com setembro deste ano e com outubro do ano passado. Já a população ocupada cresceu 0,9% no período e somou 23,4 milhões de trabalhadores. Em relação a outubro de 2011, houve aumento de 3%, o equivalente a 684 mil vagas.

O setor privado foi o que mais contratou no período, respondendo por 11,5 milhões de empregos com carteira assinada. Na comparação com o mês anterior, o número não aumentou, mas, em relação à outubro de 2011, houve um incremento de 3,2% ou 356 mil postos de trabalho.

Rendimento

O rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 1.787,70, contra R$ 1.771,20 em setembro, praticamente estável em comparação com setembro , segundo o IBGE, mas o valor mais alto desde março de 2012. Na comparação anual, a alta foi de 4,6%.

Em Belo Horizonte, o rendimento caiu para R$ 1.759,70 em outubro, ante 1.780,47 em setembro, queda de 1,2%, assim como em Salvador. A taxa aumentou nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (0,8%), do Recife (0,7%) e de São Paulo (0,5%) e ficou estável em Porto Alegre. Na comparação com outubro do ano passado, os salários subiram no Recife (7,8%), em Belo Horizonte (7,1%), em São Paulo (6,9%), em Porto Alegre (6,6%) e no Rio de Janeiro (2,1%). Apresentou declínio em Salvador (6,0%).


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