O mercado imobiliário voltou a reagir em Belo Horizonte. Nos primeiros nove meses deste ano, as vendas somaram R$ 6,96 bilhões, aumento de 6,58% na comparação com o mesmo período de 2011, quando o mercado movimentou R$ 6,53 bilhões. “Isso demonstra a retomada da velocidade dos negócios imobiliários na capital”, avalia Evandro Negrão de Lima Júnior, presidente da CMI/Secovi. Em setembro, o número de apartamentos registrados somou 1,57 mil unidades, alta de 2,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram registrados 1,53 mil apartamentos.
Na avaliação do presidente da CMI, as perspectivas para o mercado imobiliário em Belo Horizonte e região metropolitana são positivas. “Devemos continuar a assistir à valorização dos imóveis como resposta ao crescimento da demanda, impulsionada por fatores como ampliação das concessões de crédito e queda nas taxas de juros”, diz.
De janeiro a setembro, o preço médio dos apartamentos foi de R$ 369,25 mil, valorização de 19,6% em relação à média apurada no ano passado: R$ 308,83 mil, segundo pesquisa da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi). O levantamento foi feito com base nas emissões do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) de janeiro a setembro de 2012.
Nos noves primeiros meses deste ano foram registrados 13,79 mil apartamentos e 2,21 mil casas em Belo Horizonte, o que representa 80,17% do volume total de imóveis vendidos na cidade (barracões, vagas residenciais e comerciais, salas, lojas, lotes vagos e galpões, além de apartamentos e casas). Seguindo o ranking de vendas, ficaram as salas, com 1,21 mil negócios, lotes (1 mil transações), vagas comerciais (613), lojas (442), vagas residenciais (330), barracões (232) e galpões (125).
Em setembro, o preço médio dos apartamentos chegou a R$ 387,81 mil na capital mineira, valor 308,3% superior ao valor médio das apartamentos em 2004 (R$ 94,97 mil). Em fevereiro, a pesquisa da CMI mostrou que o valor das negociações das unidades praticamente dobrou nos últimos três anos na capital e a área total transacionada teve queda de vendas por metro quadrado. Em 2011 as vendas de apartamentos em Belo Horizonte totalizaram R$ 6 bilhões, com base no valor arrecadado no ITBI. É quase o dobro do valor registrado em 2008, quando o valor alcançou R$ 3,1 bilhões, segundo a pesquisa.
VETOR NORTE “Os preços astronômicos não existem mais. O mercado começou a entrar em processo de calma. As altas vão acontecer normalmente a partir de agora”, afirma Paulo Tavares, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG). O mercado, diz ele, vai continuar sinalizando para a valorização dos imóveis, mas sem euforia. “Euforia é coisa do passado”, afirma, ressaltando a maturidade do mercado. A área considerada a bola da vez na opinião de Tavares é o comércio da Região do Vetor Norte.
O Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (área do aeroporto de Confins, Lagoa Santa e municípios próximos) se prepara para gerar, em 2030, um Produto Interno Bruto (PIB) comparado ao atual de todo o estado de Minas Gerais.
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