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Estado de Minas

Eurozona tem 'esperanças' de encontrar uma solução para a Grécia


postado em 26/11/2012 16:45

A Eurozona demonstrou estar convencida nesta segunda-feira de que desbloqueará ao menos parte do resgate à Grécia e afina uma estratégia com "soluções aceitáveis" para aliviar a dívida grega, em meio a uma disputa com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que dificultou as negociações até agora.

"É essencial que tomemos uma decisão sobre o desbloqueio" da ajuda, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, em sua chegada à reunião em Bruxelas de ministros de Finanças da Eurozona (Eurogrupo). "Vamos a essa reunião com a esperança de encontrar uma solução para todos os temas em suspenso", disse o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert.

Os ministros da Eurozona voltaram a se reunir pela terceira vez em duas semanas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), que integram a troika de credores públicos da Grécia, para ver se desbloqueiam um lote de ajuda de 31,2 bilhões de euros, pendentes desde junho.

Contudo, a esta altura, é provável que a troika dê sinal verde à entrega de 44 bilhões de euros, que inclui os montantes previstos para o país até o fim deste ano. Os fundos seriam entregues no início de dezembro, pois o desembolso deve ser aprovado pelos parlamentos nacionais.

Os ministros preveem ainda elaborar uma rota de fuga aceitável para assegurar a sustentabilidade da dívida grega pelos próximos dez anos. E é ai que está o miolo do problema: o FMI e a Eurozona não chegam a um acordo sobre um calendário. "Devemos encontrar uma solução aceitável", disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.

Por um lado, a diretora do FMI quer que a Grécia reduza sua dívida pública a 120% do PIB em 2020. Por outro lado, os europeus creem que, ante a deteriorada situação da economia grega, não fica outra opção a não ser postergar esse objetivo até 2022.

Para o FMI, a solução mais fácil seria perdoar parte da dívida grega por parte dos credores públicos, tal como fez o setor privado no início deste ano. Contudo, o BCE se opõe ao plano, apoiado pela Alemanha.

No sábado, os ministros de Finanças da Eurozona concordaram em reduzir as taxas de juros dos empréstimos bilaterais já concedidos à Atenas dentro do primeiro programa de ajuda à Grécia, mas sem fixar quais serão as novas taxas.

Também decidiram dar à Grécia uma parte dos lucros obtidos pelos bancos centrais nacionais e pelo BCE sobre os bônus gregos que possuem. Além disso, a base de uma compra da dívida grega foi atingida. O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) se encarregaria de comprar dívida grega no mercado secundário, mas não se sabe em que volume, explicou à AFP uma fonte consultada após a teleconferência.

Ainda não se sabe também se o FMI "estará de acordo" com estas medidas, afirmou. Segundo o jornal alemão Welt am Sonntag de domingo, representantes da Eurozona falaram esta semana em Paris de um eventual perdão da dívida grega até 2015.

Contudo, a chanceler alemã, Angela Merkel, foi taxativamente contra esta medida na sexta-feira: "Quero encontrar outra solução" disse, mas afirmando ao mesmo tempo que não acredita que seja resolvido nesta segunda-feira a questão da entrega de ajuda financeira à Grécia.


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