O agronegócio, sobretudo a lavoura, foi o grande destaque positivo do desempenho da economia brasileira no terceiro trimestre, com uma expansão de 3,6% sobre igual período do ano passado. Em relação ao trimestre anterior, o crescimento foi de 2,5%, contribuindo para o resultado global divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por produto, o destaque maior foi o milho, que avançou na comparação anual dos trimestres tanto em volumes produzidos (27,1%) quanto em área plantada (10,2%).
“É interessante notar os ganhos de produtividade no campo, mesmo em culturas que sofreram forte retração”, observou Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE. Ela ressalta, contudo, que o agronegócio tenha um peso de apenas 5,5% no PIB, ajudando relativamente pouco para uma melhora do índice geral do Produto Interno Bruto (PIB). O café conseguiu o melhor ganho de eficiência, com aumento de 14,5% de produção e apenas 0,1% de acréscimo de área plantada.
Apesar de ter deixado o PIB a salvo de queda, o setor agropecuário desacelerou na passagem do segundo trimestre, quando a expansão foi de 4,6%, para o período de julho a setembro, observa a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O começo da entressafra é determinante para essa perda de dinamismo, segundo a presidente da instituição, Kátia Abreu. “No terceiro trimestre do ano, as atenções dos produtores rurais estão voltadas para o planejamento da safra seguinte, que está sendo plantada”, disse, em nota distribuída à imprensa.
Ainda no terceiro trimestre, a substantiva queda na produção da cana-de-açúcar (-7,5%), em relação a mesmo período de 2011, veio acompanhada de uma redução ainda maior da extensão de plantio (-9,5%). Igual fenômeno se verificou nas lavouras de trigo, com tombo de 14,5% na produção e 11,6% na área plantada. Outros destaques negativos na colheita foram na laranja (-3,9%) e mandioca (-4,4%), esta última mesmo com plantio 7,6% maior.
Maiores produtores de café no Brasil, os mineiros contabilizaram ganho, uma vez que a farta safra compensou a queda dos preços, estimada em 22% na comparação com o ano passado, lembra Pierre Santos Vilela, coordenador da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária no Estado do Minas Gerais (Faemg). “O milho e o trigo também já vinham contaminados por bons preços e a safra de cana no Sudeste não parou de crescer, o que ajudou no resultado do setor”, afirma o especialista.
Efeito da seca No caso do milho e do trigo, as cotações foram influenciadas, respectivamente, pelas quebras de safra nos Estados Unidos e na Rússia, por causa da seca. No sentido oposto ao dos grãos e do café, a citricultura não conseguiu contrabalançar os preços menores este ano e a pecuária enfrentou redução das exportações. O cenário comprometeu a contribuição que essas culturas poderiam dar ao PIB brasileiro. “Houve uma situação climática atípica, além da safra recorde do café e do reforço da produção da cana no Sudeste”, destaca Pierre Vilela.
Item com peso decisivo no PIB do agronegócio, o café chega a responder por 27% da renda bruta da agropecuária em Minas. Outros produtos que se destacaram favoravelmente no terceiro trimestre foram milho, algodão, trigo e soja. No primeiro levantamento de intenção de plantio no Brasil, divulgado em outubro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu recordes na área cultivada e na produção de grãos na safra 2012/2013. É esperado aumento entre 80,1 mil e 1,36 milhão de hectares, representando no máximo 2,7% de acréscimo, e a produção poderá alcançar de 177,68 milhões a 182,27 milhões de toneladas, o que significa até 10% de incremento sobre os 165,7 milhões de toneladas da safra passada.
“É interessante notar os ganhos de produtividade no campo, mesmo em culturas que sofreram forte retração”, observou Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE. Ela ressalta, contudo, que o agronegócio tenha um peso de apenas 5,5% no PIB, ajudando relativamente pouco para uma melhora do índice geral do Produto Interno Bruto (PIB). O café conseguiu o melhor ganho de eficiência, com aumento de 14,5% de produção e apenas 0,1% de acréscimo de área plantada.
Apesar de ter deixado o PIB a salvo de queda, o setor agropecuário desacelerou na passagem do segundo trimestre, quando a expansão foi de 4,6%, para o período de julho a setembro, observa a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O começo da entressafra é determinante para essa perda de dinamismo, segundo a presidente da instituição, Kátia Abreu. “No terceiro trimestre do ano, as atenções dos produtores rurais estão voltadas para o planejamento da safra seguinte, que está sendo plantada”, disse, em nota distribuída à imprensa.
Ainda no terceiro trimestre, a substantiva queda na produção da cana-de-açúcar (-7,5%), em relação a mesmo período de 2011, veio acompanhada de uma redução ainda maior da extensão de plantio (-9,5%). Igual fenômeno se verificou nas lavouras de trigo, com tombo de 14,5% na produção e 11,6% na área plantada. Outros destaques negativos na colheita foram na laranja (-3,9%) e mandioca (-4,4%), esta última mesmo com plantio 7,6% maior.
Maiores produtores de café no Brasil, os mineiros contabilizaram ganho, uma vez que a farta safra compensou a queda dos preços, estimada em 22% na comparação com o ano passado, lembra Pierre Santos Vilela, coordenador da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária no Estado do Minas Gerais (Faemg). “O milho e o trigo também já vinham contaminados por bons preços e a safra de cana no Sudeste não parou de crescer, o que ajudou no resultado do setor”, afirma o especialista.
Efeito da seca No caso do milho e do trigo, as cotações foram influenciadas, respectivamente, pelas quebras de safra nos Estados Unidos e na Rússia, por causa da seca. No sentido oposto ao dos grãos e do café, a citricultura não conseguiu contrabalançar os preços menores este ano e a pecuária enfrentou redução das exportações. O cenário comprometeu a contribuição que essas culturas poderiam dar ao PIB brasileiro. “Houve uma situação climática atípica, além da safra recorde do café e do reforço da produção da cana no Sudeste”, destaca Pierre Vilela.
Item com peso decisivo no PIB do agronegócio, o café chega a responder por 27% da renda bruta da agropecuária em Minas. Outros produtos que se destacaram favoravelmente no terceiro trimestre foram milho, algodão, trigo e soja. No primeiro levantamento de intenção de plantio no Brasil, divulgado em outubro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu recordes na área cultivada e na produção de grãos na safra 2012/2013. É esperado aumento entre 80,1 mil e 1,36 milhão de hectares, representando no máximo 2,7% de acréscimo, e a produção poderá alcançar de 177,68 milhões a 182,27 milhões de toneladas, o que significa até 10% de incremento sobre os 165,7 milhões de toneladas da safra passada.