Suspenso há seis meses do Mercosul, o Paraguai foi excluído das últimas discussões do bloco, mas é tema de todos os debates. Os paraguaios negociam a revogação da suspensão, cujo término previsto é 21 de abril de 2013 quando estão previstas as eleições presidenciais no país. Porém, para a maioria dos integrantes do bloco não há elementos novos que permitam o fim da suspensão e a reintegração do Paraguai no bloco.
Presidentes e ministros das Relações Exteriores reiteram que o Mercosul tem um compromisso democrático que impõe a plena vigência das instituições. A afirmação é uma cobrança direta às autoridades do Paraguai.
Para os líderes do bloco, a destituição do presidente Fernando Lugo, em 22 de junho, quando foi submetido a um processo de impeachment, que durou menos de 24 horas, não respeitou os direitos de defesa nem as instituições democráticas. Os líderes disseram que houve o rompimento da ordem democrática.
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, negou irregularidades no processo e disse que as instituições democráticas no país são respeitadas e funcionam plenamente. Franco faz campanha para tentar revogar a suspensão em reuniões com empresários brasileiros e conversas com a comunidade brasileira.
Paralelamente, os líderes políticos do Mercosul dizem que a suspensão não pode afetar a população paraguaia, o que proíbe sanções e restrições. No entanto, a suspensão do país causa temor entre os paraguaios sobre possíveis consequências a médio e longo prazo.