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Estado de Minas

Simpi diz que MP 579 favorece grandes indústrias


postado em 03/12/2012 18:02

O Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) divulgou estudo na tarde desta segunda-feira afirmando que a aprovação da MP 579 - que antecipa a renovação dos contratos de geração e transmissão de energia elétrica - poderá "deslocar o eixo de competitividade industrial a favor das grandes indústrias". Com isso, segundo o Simpi, as micro e pequenas indústrias seriam prejudicadas.

De acordo com o presidente do Simpi, Joseph Couri, a MP 579 reduz em 28% o preço da energia elétrica para grandes empresas que utilizam rede de alta tensão - e 19%, para as micro e pequenas que utilizam rede de baixa tensão. "Não temos nada contra as concessões ou a redução tarifária. Precisamos que a nossa redução seja igual a do grande (empresário) sob pena de deslocar o eixo da competitividade", disse Couri. "E não esqueçamos que as micro e pequenas indústrias são as maiores geradoras de empregos do País", alertou. Ele disse que o Simpi está a favor das reduções. "Mas pedimos isonomia", emendou.

"Hoje em dia, as micro empresas já pagam 135% a mais pela energia elétrica em São Paulo", queixou-se o presidente do Simpi. Couri afirma ter enviado o estudo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia e Finanças (Ibecon), à presidência da República e também ao Ministério de Minas e Energia. "O Ministério fugiu do tema quando devia ser o primeiro a assumir. Não deram resposta", afirmou, ressaltando que nesta terça-feira será realizada a votação da medida provisória.

Para Couri, a decisão de editar a MP para baixar os preços da eletricidade tem cunho político. "Havia outras formas de regular o setor e baixar os preços", avaliou.


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