O preço da cesta básica voltou a cair no mês de novembro em Belo Horizonte. De acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a queda foi de 2,68%, ante 1,69% em setembro. Já na comparação com novembro do ano passado, houve alta de 10,18%. O preço da cesta em novembro ficou em R$282,82. Em setembro os alimentos básicos custavam R$ 290,61.
No país, o preço da cesta caiu em 13 das 17 capitais onde a pesquisa é realizada. As maiores quedas foram verificadas no Rio de Janeiro (-7,88%), Porto Alegre (-6,18%) e Goiânia (-5,26%). As altas no mês foram mais moderadas e registraram-se em João Pessoa (1,02%), Belém (0,61%), Vitória (0,50%) e Florianópolis (0,31%).
São Paulo foi a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 299,26). Depois aparecem Vitória (R$ 295,31) e Porto Alegre (R$ 286,83). Belo Horizonte tem a 6ª cesta básica mais cara do país. Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 205,63), Salvador (R$ 220,49) e João Pessoa (R$ 235,35).
Entre os produtos da cesta, o tomate foi o item que mais influenciou o recuo nos preços médios. O produto sofreu redução em 15 localidades, sendo que as maiores oscilações foram no Rio de Janeiro (-48,13%), em Curitiba (-37,03%) e Porto Alegre (-36,40%). O preço do feijão também diminuiu em 12 cidades pesquisadas. As quedas mais expressivas ocorreram em Manaus (-7,86%), Belém (-6,82%) e Fortaleza (-5,88%).
A carne bovina, produto de maior peso na cesta básica, teve o preço reduzido em nove das capitais pesquisadas. As principais baixas foram no Rio de Janeiro (-3,78%), em Goiânia (-2,66%) e Curitiba (-2,23%).
O valor do arroz subiu em 15 capitais. As maiores altas foram verificadas em Brasília (14,95%), Belém (12,04%) e Aracaju (9,71%). As quedas foram apuradas em Goiânia (-4,31%) e Florianópolis (-0,44%).
Na capital mineira, os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços foram o tomate (-22,95%), o feijão (-2,23%) e a batata (-1,77%). Ja os que tiveram as maiores altas em novembro foram o café (3,87%), o arroz (2,46%) e a farinha (1,83%).
A pesquisa apontou ainda que o trabalhador belo-horizontino que ganha um salário mínimo comprometeu, em novembro, 49,42% do rendimento líquido para comprar a cesta básica. O Diesse também pesquisou o salário mínimo necessário para aquisição da cesta básica na capital mineira. De acordo com o levantamento, o salário necessário é de R$ 2.514,09 o que corresponde a 4,04 vezes o salário mínimo em vigor. Em setembro, o valor estimado foi R$ 2.617,33, (4,20 vezes o piso).