A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, em evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que o governo federal manterá a diminuição das tarifas de energia elétrica no país. "Reduzir o preço da energia é uma decisão da qual o governo federal não recuará, apesar de lamentar profundamente a imensa falta de sensibilidade daqueles que não percebem a importância disso”, destacou no discurso.
A presidenta participou nesta quarta-feira do 7º Encontro Nacional da Indústria, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Ela explicou que a redução das tarifas elétricas é uma das ações mais importantes para a redução de capital, levando, consequentemente, à diminuição dos custos de investimentos e ao crescimento sustentável do país.
Segundo Dilma, o objetivo do governo era uma redução média no valor das tarifas de energia à população de 20,2%. No entanto, a diminuição deve ser inferior (até 16,7%) devido à recusa de algumas companhias de aderir à proposta do governo.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, também afirmou que o governo ficou "decepcionado" com a possibilidade de reduzir o preço das tarifas de energia abaixo dos 20% anunciados pela presidente Dilma, devido à recusa das empresas Cesp, Cemig e Copel de renovarem as concessões da forma proposta pelo governo. "Todos nós ficamos (decepcionados). Nós esperávamos uma cobertura maior, uma adesão maior, sobretudo de algumas empresas", afirmou Carvalho, na saída da 9ª Edição do Premio gestor eficiente da Merenda Escolar, realizado em Brasília.
O ministro disse que o governo continuará com o programa de redução da tarifa de energia que, segundo ele, "todo mundo sabe o quanto é importante para a economia industrial e para a economia doméstica, também".
Questionado se a recusa das concessionárias dos Estados governados pelo PSDB (São Paulo, Minas Gerais e Paraná) seria uma forma de politizar o assunto, Carvalho respondeu: "Eu não posso dar esse qualificativo. A gente só lamenta esse fato, já que tantas outras empresas aderiram. É da vida, é da luta". (Com Agência Estado e Brasil)