O presidente da Ford Brasil, Steven Armstrong, prevê que o mercado brasileiro de veículos crescerá entre 2% e 4% em 2013, mas que a alta dependerá do desempenho macroeconômico do País. Armstrong citou como fatores condicionantes para o crescimento o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) e o comportamento das taxas de juros. Também lembrou da implantação do Novo Regime Automotivo (Inovar-Auto) para que ocorra a expansão.
Sobre a empresa, Armstrong afirmou que as vendas da Ford em 2012 devem subir 4% sobre 2011, alta influenciada principalmente pela mudança dos principais produtos da montadora no Brasil. Neste ano, a montadora norte-americana lançou no Brasil a nova Ranger, o sedã Fusion e ainda o novo EcoSport, veículo que terá no País sua plataforma global de produção. "Continuaremos desenvolvendo tecnologia no Brasil para os grandes produtos da companhia. O Brasil saiu de uma atuação local para se tornar um dos grandes desenvolvedores de produtos globais", disse.
Armstrong estimou que a Ford deve exportar 60 mil unidades em 2012, volume que será mantido em 2013. "Em 2013 teremos novidades em relação aos caminhões, mas vamos falar sobre isso no futuro", disse. Ele destacou ainda, durante evento de final de ano da companhia, nesta quarta-feira, que o mercado brasileiro amadureceu e o consumidor está mais exigente. "O consumidor, em vez de comprar qualquer coisa, partiu para produtos melhores. O mercado está cada vez mais dinâmico e a concorrência fica cada vez melhor".
Durante o evento, o diretor de finanças da Ford para a América do Sul, Amut Singhi, lembrou que o mercado brasileiro de veículos cresceu 150% nos últimos dez anos e deverá crescer 50% na próxima década. "É uma mudança fantástica no mercado", disse Singhi, citando, porém, o alto custo de produção de veículos no Brasil, que é o dobro do custo observado, por exemplo, em Detroit, nos Estados Unidos.