Os ministros das Relações Exteriores e da Economia, além dos presidentes dos bancos centrais do Mercosul, passam o dia hoje em reuniões em Brasília. É o 44º encontro do conselho do bloco econômico. Em discussão, ações que podem ser adotadas para incrementar a economia e ampliar o comércio na região. Empresários brasileiros e estrangeiros reclamam da ausência de facilidades, que limitam a competitividade em vários setores.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, oferece café da manhã e almoço aos convidados dos países que integram o bloco e também aos observadores. Os ministros deverão analisar a possibilidade de adotar medidas que incentivem a economia regional.
A exemplo do Fórum Empresarial do Mercosul, as discussões entre os ministros e presidentes de bancos centrais devem ser concentradas em eixos específicos: agronegócio, energia (com foco em petróleo e gás), inovação e infraestrutura e logística. Também será mencionado o esforço para buscar investimentos externos, como na União Europeia, China e nos Estados Unidos.
O subsecretário de América do Sul, Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antonio José Ferreira Simões, disse ontem que também estão em curso negociações com a Índia. Com os europeus, há chances de evolução positiva em 2013.
Amanhã ocorrerá a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, com a presença dos presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai). A participação do presidente Hugo Chávez (Venezuela) ainda é incerta.
O Mercosul é formado pelo Brasil, a Argentina, o Uruguai, a Venezuela e o Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de 2013. O Chile, Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados. Há ainda os membros observadores: o México e a Nova Zelândia.
Com o ingresso da Venezuela no Mercosul, em julho, o bloco reúne 270 milhões de habitantes, o equivalente a 70% da população da América do Sul. O Produto Interno Bruto (PIB) é US$ 3,3 trilhões, aproximadamente 83,2% do Produto Interno Bruto (PIB) sul-americano, em um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados ou 72% da região.