O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterou nesta quinta-feira a sinalização de que a taxa básica de juros vai permanecer nos atuais 7,25% ao ano por um período "suficientemente prolongado". A declaração contraria a interpretação de parte do mercado. Ao ler a ata da reunião do Copom, divulgada ontem, alguns analistas entenderam que o BC não teria incorporado o fraco desempenho do PIB divulgado dois dias depois do Copom.
"A ata está mais atual do que nunca", disse Tombini. "A estratégia adequada para trazer a inflação para a meta é manter a estabilidade das condições monetárias por um período suficientemente prolongado."
Indagado se o BC poderia definir uma data para o fim da manutenção da Selic em mínima recorde, como fez o banco central americano, Tombini indicou que os sinais atuais são adequados. "Suficientemente prolongado está de bom tamanho." Tombini participou ontem da reunião de ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do Mercosul e Países Associados, no Ministério das Relações Exteriores.