A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (7) a integração regional e a lealdade aos princípios da inclusão social como ações fundamentais para que o Mercosul reaja aos impactos da crise econômica internacional.
Na abertura da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, a presidenta disse que o comércio dentro do bloco é um importante irradiador de dinamismo. Ela admitiu estar preocupada com a crise que atinge principalmente a zona do euro (17 países que adotam a moeda única) e os Estados Unidos.
Dilma Rousseff alertou que os próximos anos serão de desafios para o bloco. “A permanência desse cenário global de crise torna ainda mais evidente a importância da nossa integração, que é o que nos fará mais fortes e aptos a enfrentar as turbulências do mercado internacional”, disse a presidenta.
Em seguida, a ela destacou que “entre 2007 e 2011, elevaram-se de US$ 39 bilhões para US$ 62 bilhões as nossas transações, o que é muito importante e significativo diante do baixo crescimento e até do momento recessivo vivido pela economia global”.
O desafio do Mercosul para o futuro, segundo a presidenta, é materializar a aspiração de fornecer produtos manufaturados, ser portador de conhecimento e ser capaz de criar ciência, tecnologia e inovação, além de ser provedor de alimentos, matérias e energia para o mundo.
Ela ressaltou que, juntos, os países do bloco constituíram um mercado de grande dimensão e formam a quinta economia do mundo, algo histórico, principalmente quando o mundo passa por uma grande crise na zona do euro e nos Estados Unidos. "Em um mundo em que cresce o desemprego e a desigualdade, a América Latina pode [fazer] e faz muita diferença”, disse a presidenta.