O ministro das Finanças mexicano, Luis Videgaray, projetou que a economia do país vai crescer 3,5% em 2013, pouco abaixo do aumento de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) projetado para 2012. Já a inflação deve ficar em 3% em 2013. Videgaray atribuiu o menor crescimento principalmente à desaceleração esperada para a economia dos Estados Unidos, importante parceiro comercial do México. Ele apresentou as projeções ao entregar ao Congresso mexicano, na sexta-feira (07), um plano de orçamento equilibrado para o próximo ano. Os parlamentares deverão votar a proposta até o fim de 2012.
"Este será um orçamento sem déficit. A dívida não será o motor do crescimento em 2013", assinalou Videgaray. A despesa total, excluindo o investimento na Petroleos Mexicanos (Pemex), deve alcançar 3,576 trilhões de pesos (US$ 278 bilhões) no próximo ano, um aumento real de 2,3% ante 2012.
Conforme a proposta, a necessidade de financiamento do setor público deverá equivaler a 2,4% do PIB no próximo ano, em comparação aos 2,8% de 2012. A expectativa para o porcentual dívida/PIB é de 37% no final de 2013, ante 37,5% em 2012.
O projeto prevê o preço do barril de petróleo em US$ 84,90 em 2013. Também estima a produção mexicana em 2,55 milhões de barris por dia no ano que vem. O petróleo representa cerca de 30% da receita do governo federal.
Videgaray disse ainda que o orçamento inclui mais gastos sociais uma das promessas de campanha de Enrique Pena Nieto, que assumiu a presidência há uma semana. Ele prometeu aumentar pensões de idosos e gastar mais com infraestrutura.
Ao entregar a proposta na Câmara, o ministro destacou que o projeto não inclui novos impostos para 2013, porque o governo enviará uma proposta de ampla reformulação do sistema fiscal mexicano ao Congresso no próximo ano.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.