O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou em audiência no Senado que decisões que afetem o custo da energia e dos combustíveis no país não passam pela autoridade monetária. Ele reconheceu, entretanto, que esses custos no Brasil são mais elevados do que de outros países, até mesmo quando a comparação ocorre dentro da América Latina.
"Os preços de energia no País são superiores aos dos nossos competidores. Sobre isso, existe uma política de competitividade por parte do governo, e não de controle de inflação. O BC sempre olha para inflação cheia, e não para determinados preços", afirmou em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
"Sobre o preço da gasolina, a definição ocorre fora do Banco Central, somos neutros em relação a essas questões", completou, ressaltando que a autoridade monetária se limita a incorporar eventuais alterações nesses preços em suas projeções.