O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira um orçamento de R$ 59,665 bilhões para 2013. "É o maior valor da história. A soma total para o quadriênio 2013-2016 ultrapassa R$ 240 bilhões", afirmou nesta terça o presidente interino do conselho, Luiz Fernando Emediato.
Ele explicou que o valor previsto para começar 2013 não apenas é o maior da história para um início de orçamento, como é mais que 50% maior do que o primeiro volume apresentado para este ano. Do valor previsto para 2013, R$ 46,455 bilhões serão destinados para habitação. Esse valor já inclui subsídios, que somam R$ 6 465 bilhões. A área de infraestrutura urbana receberá R$ 7 bilhões. O valor é maior do que os R$ 4 bilhões de 2012 porque há previsão de contratos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A rubrica de saneamento somará R$ 5,2 bilhões.
O volume aprovado nesta terça leva em conta ainda operações urbanas consorciadas no valor de R$ 1 bilhão. Um exemplo de obra que se encaixa nessa modalidade é o Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. "Esta é uma operação de infraestrutura, mas desenvolve várias áreas, por isso, se enquadra nessa rubrica", explicou o secretário executivo do conselho curador, Quênio França.
A previsão do conselho curador é que sejam gerados 2,7 milhões de postos de trabalho em 2013 e uma quantidade similar a essa em 2014. Para 2015 e 2016, a projeção é de 2,8 milhões de empregos criados ao ano. A projeção aprovada hoje pelo conselho do FGTS é de que R$ 60,2 bilhões sejam destinados ao orçamento do FGTS ao ano, no período de 2014 a 2016. Esses valores devem atender 559.355 famílias por ano, no período.
Na reunião do conselho realizada nesta terça, também foi aprovado mais R$ 400 milhões de suplementação para o FGTS em 2012. No total, serão R$ 485 milhões, mas R$ 85 milhões são provenientes do Tesouro Nacional. Esse recurso adicional terá de ser usado ainda em dezembro para contratações de financiamento até o final do ano. O orçamento de 2012 está em R$ 53,6 bilhões, mas deve chegar a R$ 68 bilhões, levando-se em conta todas as suplementações já feitas este ano.