O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, manteve nesta segunda-feira, em entrevista à Agência Estado, a projeção para o fechamento do IPC-S de dezembro em 0,5%. No entanto, ele disse que existe "grande possibilidade" de que o índice encerre o mês em 0,7%. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou mais cedo que o IPC-S da segunda quadrissemana de dezembro acelerou para 0,73%, na comparação com 0,63% na primeira quadrissemana.
"Não vou mexer na projeção (de 0,5%) porque essa aceleração está ligada a alimentos in natura, que são muito voláteis, como, por exemplo, o tomate", disse Picchetti. Ele afirmou que, da variação de 0,10 ponto porcentual da primeira para a segunda quadrissemana de dezembro, metade da aceleração ocorreu por causa do tomate. "O tomate passou de -12,67% na primeira quadrissemana para 8,89% agora. Esse item sofre oscilações fortes e é bastante volátil." Segundo ele, os demais itens responsáveis pelo avanço do IPC-S estão bem diluídos entre os demais grupos.
Como Picchetti havia previsto na semana passada, o setor de serviços segue em aceleração, passando de 1,19% para 1,32% da primeira para a segunda quadrissemana do mês. Ele voltou a afirmar que a alta no setor de serviços pode ser mais expressiva do que no ano passado. Na segunda quadrissemana de dezembro do ano passado, o setor registrou alta de 1,06%. "Já estamos partindo de uma base maior este ano."