O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu para 0,69% em dezembro, depois da alta de 0,54%, em novembro, informou hoje (19) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice fechou o ano em 5,78%, menor que o IPCA-E de 2011, que é o IPCA-15 acumulado. Ano passado, esse índice ficou em 6,56%.
Calculado entre 14 de novembro e 11 de dezembro para famílias com renda anual de até 40 salários mínimos, o IPCA-15 subiu mais em Belém (7,9%), no Rio de Janeiro (6,85%) e em Fortaleza (6,7%), entre as onze regiões metropolitanas pesquisadas. Em Belo Horizonte, a alta foi de 6,28%.
As despesas pessoais foram os gastos que mais pressionaram o aumento da inflação em dezembro. De novembro para dezembro, o indicador aumentou de 0,3% para 1,1%, reflexo dos reajustes nos custos com empregados domésticos (de 0,66% para 0,82%) e excursão (de 0,4% para 12,15%). No ano, os custos com empregados foram os que mais pesaram na alta de 9,4% do grupo.
Também subiram os preços de alimentos e bebidas de 0,83% para 0,97%, na passagem de um mês para o outro. Ficaram mais caros, no período, o frango (de 1,43% para 4,16%), o leite (1,39% para 2,03%) e as frutas (de 0,43% para 1,27%). No acumulado do ano, o grupo é o maior responsável pelo aumento da inflação em 2012 e subiu 9,84% entre janeiro e dezembro.
Por causa do aumento das tarifas de energia elétrica, as despesas com habitação subiram de 0,33% para 0,74%, nos dois últimos meses. Em 2012, pesaram mais o aumento do aluguel residencial, com alta de 8,98%, e a mão-de-obra para pequenos reparos (11,72%).
Com a proximidade das festas de fim de ano, os preços das passagens aéreas aumentaram, de 11,8% para 17,08%, o que influenciou no aumento de 0,47% para 0,71% do grupo transporte, que também compõe o IPCA. No acumulado do ano, a alta do grupo foi 0,63%, com queda nos preços de automóveis novos (-5,82%) e usados (-11,36%), acrescentou o IBGE.