Prepare o bolso. Em 2013, abastecer o carro com gasolina vai ficar mais caro. Há meses aventado pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, o reajuste nos preços do combustível deixou de ser uma ameaça e foi confirmado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em conversa com jornalistas, ele avisou que, cedo ou tarde, “certamente o reajuste virá”.
A declaração do ministro serve de consolo aos acionistas da Petrobras. Neste ano, diante da política do governo de segurar os preços do derivado do petróleo para não pressionar ainda mais a inflação, os lucros da estatal encolherem e os custos dispararam. Mas a notícia ascendeu a luz amarela dentro do governo. Permitir agora um aumento nos preços do combustível produzirá, no entanto, um impacto devastador sobre a inflação, que voltou a acelerar no fim do ano.
O governo recebeu com preocupação o resultado do IPCA-15 de dezembro, de 0,69%, que confirmou reajustes disseminados de preços por toda a economia. A taxa, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou acima tanto do 0,54% de novembro, quanto do 0,56% do mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a prévia do índice oficial de inflação ficou em 5,78%, abaixo dos 6,56% de 2011, mas muito longe dos 4,5% definidos como meta pelo governo.
Alimentos com alta de 0,97% e serviços pessoais, que tiveram elevação de 1,10%, foram os dois grupos de produtos que mais contribuíram para o índice. No entanto, Luiz Otávio de Souza Leal, do Banco ABC Brasil, chamou a atenção para o fato de que itens importantes como habitação (0,74% de alta) e transportes (0,71%) – puxado pela alta nas passagens aéreas –, também deram expressiva contribuição para acelerar a carestia. Ou seja, a inflação está presente em todos os elementos que compõem o IPCA-15 e não há mais a desculpa para o BC dizer que o país está tendo que acomodar choques de preços dos alimentos, movimento que começou com a forte seca deste ano nos Estados Unidos.
Na balança O ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurou minimizar a importância da aceleração do indicador em dezembro. “Todo fim de ano a inflação sobe. Mas a de 2012 será menor que a de 2011”, afirmou. Já os consumidores se assustam com a alta dos preços. O encarecimento de produtos como frango, leite, arroz, feijão e outros já é sentida pelos clientes na balança. Segundo o professor Geraldo Pimenta, que gasta cerca de R$ 18 por dia para almoçar fora, a justificativa pode ser a crise econômica mundial, que faz a oferta de alguns itens diminuir e, com isso, os preços disparam. “Além do preço que já é alto, há uma variação de 30% entre um restaurante e outro, então a saída tem sido pesquisar mais para tentar não gastar tanto”, afirma.
A declaração do ministro serve de consolo aos acionistas da Petrobras. Neste ano, diante da política do governo de segurar os preços do derivado do petróleo para não pressionar ainda mais a inflação, os lucros da estatal encolherem e os custos dispararam. Mas a notícia ascendeu a luz amarela dentro do governo. Permitir agora um aumento nos preços do combustível produzirá, no entanto, um impacto devastador sobre a inflação, que voltou a acelerar no fim do ano.
O governo recebeu com preocupação o resultado do IPCA-15 de dezembro, de 0,69%, que confirmou reajustes disseminados de preços por toda a economia. A taxa, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou acima tanto do 0,54% de novembro, quanto do 0,56% do mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a prévia do índice oficial de inflação ficou em 5,78%, abaixo dos 6,56% de 2011, mas muito longe dos 4,5% definidos como meta pelo governo.
Alimentos com alta de 0,97% e serviços pessoais, que tiveram elevação de 1,10%, foram os dois grupos de produtos que mais contribuíram para o índice. No entanto, Luiz Otávio de Souza Leal, do Banco ABC Brasil, chamou a atenção para o fato de que itens importantes como habitação (0,74% de alta) e transportes (0,71%) – puxado pela alta nas passagens aéreas –, também deram expressiva contribuição para acelerar a carestia. Ou seja, a inflação está presente em todos os elementos que compõem o IPCA-15 e não há mais a desculpa para o BC dizer que o país está tendo que acomodar choques de preços dos alimentos, movimento que começou com a forte seca deste ano nos Estados Unidos.
Na balança O ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurou minimizar a importância da aceleração do indicador em dezembro. “Todo fim de ano a inflação sobe. Mas a de 2012 será menor que a de 2011”, afirmou. Já os consumidores se assustam com a alta dos preços. O encarecimento de produtos como frango, leite, arroz, feijão e outros já é sentida pelos clientes na balança. Segundo o professor Geraldo Pimenta, que gasta cerca de R$ 18 por dia para almoçar fora, a justificativa pode ser a crise econômica mundial, que faz a oferta de alguns itens diminuir e, com isso, os preços disparam. “Além do preço que já é alto, há uma variação de 30% entre um restaurante e outro, então a saída tem sido pesquisar mais para tentar não gastar tanto”, afirma.