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Estado de Minas

Gastos com eletrodomésticos e roupas puxam alta da inadimplência em BH

Número de consumidores que deixaram de honrar suas dívidas subiu 12,99%


postado em 20/12/2012 13:24 / atualizado em 20/12/2012 13:47

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press. )
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press. )

A falta de planejamento na hora das compras, principalmente de produtos como eletrodomésticos e roupas foi a principal causa de inadimplência na capital mineira, segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), divulgada nesta quinta-feira. O resultado difere dos anos anteriores, quando o desemprego e as compras para terceiros lideravam o ranking. Em novembro, o número de consumidores que deixaram de honrar suas dívidas subiu 12,99% na comparação com o mês anterior. Na comparação com novembro do ano anterior, a inadimplência cresceu 10,2% e no acumulado do ano o crescimento foi de 2,38%.

A pesquisa revela que dos entrevistados, 21,65% ficaram inadimplentes porque não conseguiram quitar as parcelas da compra de eletrodomésticos. Em seguida estão as roupas, de acordo com 15,98% dos consumidores; outros que incluem motocicletas, casamento, óculos, viagens e oficinas (segundo 12,89% dos entrevistados); eletrônicos (9,79%); financiamento de carro (8,76%); ajuda à família (5,67%); móveis (5,15%); calçados (4,64%); empréstimos em bancos e financeiras (4,12%); alimentos e bebidas (4,12%); reforma do imóvel (3,09%); escola/faculdade (1,55%); cama, mesa e banho (1,03%), perfumaria (0,52%); brinquedos (0,52%) e financiamento da casa (0,52%). 

A principal causa de inadimplência em Belo Horizonte foi a falta de planejamento no orçamento. Não planejar as compras liderou o ranking, levando 29,7% dos consumidores à inadimplência. Em seguida estão: desemprego (17,67%), compra para terceiros (8,65%), menor rendimento (8,27%), doença/falecimento (4,89%), má fé (4,89%), esqueceu de pagar a dívida (4,51%), discorda dos valores e por isso não efetuou o pagamento (4,14%), atraso do salário (3,38%), problemas com o credor (3,38%), empréstimos (2,63%), outros que incluem afastamento do emprego e roubo (2,63%), priorizou outras contas (1,5%), uso excessivo do crédito (1,13%), falta de tempo/esquecimento (1,13%), não recebeu a fatura/carnê (0,75%), empréstimo consignado (0,38%) e perdeu os documentos necessários para o pagamento (0,38%).

Perfil

Os homens voltaram a ser maioria entre os consumidores inadimplentes na capital mineira, conforme a pesquisa, 30,5% dos entrevistados têm idade entre 41 e 50 anos, 45,5% são solteiros, 34,57% têm renda entre R$ 1.376 e R$ 2.200; 50% trabalham com carteira assinada e 57% têm o 2º grau.

A pesquisa também apontou que maioria dos consumidores, 88,83%, utiliza o crédito para consumo. Em seguida estão: financiamento de veículos (6,15%), financiamento de habitação (3,35%) e empréstimos para terceiros (1,68%).  Na hora de pagar as dívidas os consumidores priorizam as de maior valor primeiro (41,03% dos entrevistados). Serviços essenciais como água, luz e telefone vêm em segundo lugar segundo 22,56% dos consumidores. Em seguida estão: as de menor valor (14,87%), as que vencem primeiro (14,36%) e dívidas no cartão de crédito (7,18%).


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