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Estado de Minas

Vendas na capital superam as do país

Shoppings de Belo Horizonte estimam avanço entre 12% e 15% no Natal, enquanto negócios do setor no país aumentaram 6% no mesmo período


postado em 27/12/2012 00:12 / atualizado em 27/12/2012 07:14

Nem bem o Natal acabou e lojistas já tentam fisgar clientes com liquidações: shoppings anunciam descontos de até 50%(foto: Beto Magalhães/EM/D.A/Press)
Nem bem o Natal acabou e lojistas já tentam fisgar clientes com liquidações: shoppings anunciam descontos de até 50% (foto: Beto Magalhães/EM/D.A/Press)

O Papai Noel do belo-horizontino foi mais gordinho que o do resto do Brasil. Números divulgados ontem mostram que as vendas dos shoppings no país tiveram aumento de 6% no Natal, segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). Enquanto isso, dados informados pelos principais centros comerciais da capital mineira mostram crescimento entre 12% e 15%. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) prevê alta de até 9% no comparativo com dezembro de 2011, quando o comércio cresceu 6% ante 2010 no último mês do ano.

E a data que salvou as vendas foi exatamente o dia 24. Como sempre, muita gente deixou para a última hora a compra de presentes. Segundo consultas feitas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), considerado termômetro de vendas, na data houve incremento de 26,56% nos negócios, no comparativo com a mesma data do ano passado em BH. Em 2011, o avanço foi de somente 2,84% ante 2010. A variação, de certa forma, surpreendeu o setor, já que no ano passado a véspera do Natal caiu no sábado e, neste, na segunda-feira. Ou seja, os brasileiros tiveram o fim de semana livre para ir às compras, mas deixaram mesmo para encarar o comércio na última hora.

No DiamondMall, depois de 20 de dezembro, houve crescimento de 40% no fluxo diário em comparativo com os demais dias do ano. A expectativa é que o shopping encerre o período com aumento de 15% nas vendas. No Pátio Savassi e no BH Shopping, a variação esperada é de 12%, em cada. Em Belo Horizonte, as vendas injetaram R$ 2,99 bilhões na economia, segundo a CDL. O presidente da entidade, Bruno Falci, considera “excelentes” as vendas de Natal, que devem refletir nos números de dezembro e possibilitar que o comércio feche com crescimento de 9%, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar próximo de 1%. No entanto, considera o desequilíbrio entre indústria e comércio crítico para o futuro do setor varejista. “Não existe comércio com indústria fraca. Se a indústria for para o ‘vinagre’, o comércio uma hora vai acompanhar”, afirma.

LEMBRANCINHA
Os setores que tiveram maior desempenho no Natal, segundo a Alshop, foram perfumaria e cosméticos (com vendas 14% superiores), e óculos, bijuterias e acessórios, também com avanço de 14% no período natalino. Em seguida, destacaram-se os setores calçados (8%), brinquedos (7%), eletroeletrônicos e eletrodomésticos (6%) e de vestuário (5%).

Apesar do aumento de vendas, o valor médio dos gastos por pessoa caiu 20% no Natal. Considerados os shoppings populares e os classificados como de classe média, o valor médio ficou em R$ 65. “O consumidor está mais consciente, está brigando mais pelo preço e pelo juro. Tivemos neste ano muita inadimplência. As pessoas estão mais preocupadas em não fazer dívidas e estão pesquisando mais", disse o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.

Liquidações já chegaram

Nem bem passou a ressaca do Natal e, na tentativa de manter o comércio varejista aquecido, surgem as primeiras liquidações. Com descontos de até 70%, tanto na internet quanto em lojas de rua e shopping, os bota-foras estimam superar R$ 75 milhões em vendas. A fatia refere-se ao faturamento previsto para a Boxing Week, evento organizado pelos idealizadores da Black Friday no Brasil, que reúne 50 lojas virtuais, que pretendem liquidar o estoque de produtos não vendidos no período de Natal.

Inspirado no Boxing Day, data tradicional em países da Europa, o evento foi realizado pela primeira vez no Brasil no ano passado e movimentou R$ 58,9 milhões em apenas um dia, sendo o segundo maior faturamento do comércio eletrônico no ano. Em 2012, os organizadores esperam atingir a marca de R$ 75 milhões em vendas nos três dias de promoção. Os promotores afirmam que a página oficial do evento (boxingday.com.br) fará uma seleção com os melhores descontos. Segundo eles, é uma forma de encontrar apenas produtos que realmente estejam em oferta e evitar os falsos descontos. “Realizamos uma triagem das ofertas para divulgar no site apenas produtos com descontos reais", afirma Pedro Eugenio, CEO do Busca Descontos.

Não é apenas a internet que iniciou o período de promoções. Em Belo Horizonte, o Shopping Estação BH e o Del Rey iniciam hoje suas liquidações. Até sábado, as lojas dos dois centros de compras vão oferecer até 50% de desconto. Segundo a coordenadora de Marketing do Shopping Del Rey, Cláudia Osna, é a chance para serem feitas compras para o réveillon e as férias de janeiro. “Estamos proporcionando aos nossos clientes a oportunidade de comprar com descontos de até 50%, além de incrementarmos as vendas no período”, afirma. (PRF)


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