A primeira estimativa de produção brasileira de café (arábica e conilon) em 2013 projeta safra entre 46,98 milhões e 50,16 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, de acordo com o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apresentado nesta quarta-feira.
O resultado representa uma redução entre 7,6% e 1,3%, se comparado à produção obtida na temporada anterior (50,83 milhões de sacas). Conforme a Conab, a redução se deve ao ano de baixa bienalidade do produto. A bienalidade é uma característica presente na cultura do café, que alterna com uma safra maior e outra menor. Essa alternância anual entre grandes e pequenas produções acentua-se mais em relação ao café arábica, mas também ocorre com o conilon (robusta).
Os técnicos da Conab destacam que as diferenças nos últimos anos entre as safras de alta e baixa bienalidade vêm diminuindo. "Isso se deve a diversos fatores, como: tratos culturais mais adequados, crescente aumento na utilização de irrigação, manejo de podas nos cafeeiros, adensamento das lavouras, plantio de variedades mais produtivas e melhores adaptadas e a renovação constante dos cafezais", informa a Conab.
A maior redução é observada na produção de café arábica, com queda entre 8,73% e 2,27% (redução entre 3,35 milhões e 870,7 mil sacas). Para a produção do conilon, a previsão aponta desde uma redução de 4,0% a um crescimento de 1,64%, ou seja, redução de 499,9 mil a um aumento de 204,9 mil sacas.
A produção do café arábica representa 74,71% (34,99 milhões a 37 47 milhões de sacas) da produção do País, e tem como maior produtor o Estado de Minas Gerais, com 67,93% (24,25 milhões a 25,45 milhões de sacas) de café beneficiado.
O café conilon participa com 25,29% da produção nacional. O Estado do Espírito Santo se destaca como o maior produtor dessa espécie, com 77,30% (9,24 milhões a 7,869,81 milhões de sacas).