A inflação percebida pelas famílias de baixa renda acelerou no mês de dezembro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,76% no mês passado, após avançar 0 44% em novembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 6,90% no ano, taxa que coincide com a de 12 meses, informou nesta sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A taxa do IPC-C1 em dezembro ficou acima da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou alta de 0 66% em dezembro. A taxa de inflação acumulada neste ano no IPC-C1 foi maior também do que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 5,74% no período.
Três das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentaram acréscimos em suas taxas de variação: os grupos Alimentação (0,47% para 1,40%), Transportes (0,01% para 0,34%) e Despesas Diversas (0,39% para 1,50%). Nesses grupos, os destaques partiram dos itens: hortaliças e legumes (-9,39% para 3,53%), tarifa de táxi (0,00% para 11,27%) e cigarros (0,49% para 3,18%).
Apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,53% para 0,42%), Vestuário (1,05% para 0,90%), Comunicação (0,25% para 0,03%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,42%) e Educação, Leitura e Recreação (0,36% para 0,35%). Nestas classes de despesa as principais influências partiram dos itens tarifa de eletricidade residencial (1,27% para 0,72%), calçados (0,85% para -0,01%), tarifa de telefone móvel (0,81% para 0,07%), medicamentos em geral (0,21% para 0,05%) e passagem aérea (8,88% para 5,59%).