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Estado de Minas

Juros cobrados do consumidor caíram para 5,44% ao mês em dezembro

Menor taxa em 17 anos, com queda da inadimplência


postado em 15/01/2013 06:00 / atualizado em 15/01/2013 07:37

As taxas de juros cobradas nas operações de empréstimo voltaram a cair em dezembro e atingiram o menor percentual desde 1995, considerando-se a média dos encargos para a pessoa física, conforme pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A taxa média geral para o consumidor ficou em 5,44% no mês passado, representando uma queda de 3,37% na comparação com novembro, quando estava em 5,63%. Anualizada, a taxa no fechamento de 2012 foi de 88,83%. Para a pessoa jurídica, o juro médio diminuiu 6,69% em dezembro, ao registrar 3,07% mensais (43,74% ao ano), ante os 3,29% em novembro (47,43%).

 O coordenador de estudos econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, atribuiu as reduções à maior competição entre as instituições financeiras depois que os bancos públicos reduziram suas taxas de juros. “Houve uma pequena redução nos índices de inadimplência e está mantida a expectativa de mais queda do indicador nos próximos meses em um ambiente de crescimento econômico maior", afirma.

No cartão de crédito, a taxa se manteve estável em 9,37% ao mês em dezembro (192,94% ao ano), a menor da série histórica. No cheque especial, houve queda de 1,26%, resultante de um encargo médio que saiu de 7,92% ao mês (149,59% ao ano) em novembro do ano passado para 7,82% ao mês (146,83% ao ano) em dezembro. Foi a menor taxa desde outubro (7,75% ao mês e 144,91% ao ano).

Ainda de acordo com o levantamento da Anefac, apesar dos encargos menores, o custo do crédito não acompanhou as reduções da taxa básica de juros, a Selic, que remunera os títulos do governo no mercado financeiro e serve de referência para as operações nos bancos e no comércio. Desde julho de 2011, a taxa básica de juros caiu 5,25 pontos percentuais, ao recuar de 12,5% para 7,25% ao ano, uma queda acumulada de 42%.

No período analisado, a taxa de juros média para a pessoa física apresentou redução de 26,71%, passando de 121,21% ao ano em julho de 2011 para 88,83% ao ano em dezembro passado. Nas operações de crédito para a pessoa jurídica, os encargos diminuíram 28,33%, de 61,03% ao ano em julho de 2011 para 47,47% ao ano em dezembro.

Mais R$ 14 bi no Bradesco


Com indicadores mais baixos de inadimplência e a expectativa de continuidade desse movimento neste ano, o Bradesco, segundo maior banco privado do país, anunciou um aumento de R$ 14 bilhões no volume de recursos pré-aprovados para empréstimos a seus clientes pessoas físicas. O diretor-executivo da instituição, Octávio de Lazari Júnior, responsável pela área de empréstimos e financiamentos, informou, ainda, que a decisão está baseada na aposta de que a taxa básica de juros será mantida no piso histórico de 7,25% ao ano e a inflação ficará sob controle.

A oferta adicional de crédito do Bradesco, que significa uma expansão de 20%, levará à disponibilidade de R$ 80,7 bilhões destinados à operações no cheque especial, cartão de crédito e crédito pessoal. O índice de inadimplência, de operações vencidas com mais de 90 dias, que era de 4,1% para a carteira total do Bradesco no fim de setembro, diminuiu 0,1 ponto percentual em relação ao segundo trimestre.


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