A desaceleração no ritmo de aumento das vendas do comércio varejista na passagem de outubro para novembro não indica perda de fôlego no setor, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta passou de 0,8% em outubro para 0,3% em novembro, ambos na comparação com o mês anterior.
"Olhando para as atividades, percebe-se que realmente não há fundamento para apontar uma perda de fôlego no varejo", afirmou Aleciana Gusmão, técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Na avaliação do instituto, a expansão nas vendas do comércio varejista restrito deve fechar o ano passado ao redor da taxa já acumulada nos últimos 12 meses até novembro, de +8,6%. "A gente está melhor do que no ano anterior, e não tão bom quanto 2010, porque tinha sido ano de recuperação da crise do fim de 2008 e de 2009", avaliou Aleciana. Em 2011, a alta nas vendas foi de 6 7%, após uma taxa de 10,9% registrada em 2010.
Ela aponta a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a estabilidade do emprego, o aumento de renda do trabalhador e a disponibilidade de crédito como impulsionadores dos bons resultados obtidos, sobretudo, nas atividades de móveis e eletrodomésticos, veículos e hipermercados. "O comércio está com um desempenho considerável, e, de certa forma, o consumo das famílias está sendo preponderante para estimular o crescimento econômico no ano de 2012", declarou.