O Banco Central alemão, o Bundesbank, anunciou nesta quarta-feira sua intenção de repatriar, por etapas, até 2020 todas as suas reservas de ouro em Paris e parte das guardadas em Nova York, ou seja, 674 toneladas, ou 19% das reservas de ouro do país.
O Bundesbank justificou a repatriação do ouro depositado no Banco da França pela ausência de possibilidade de troca, já que a França e a Alemanha têm a mesma moeda.
"Por razões de segurança, a República Federal da Alemanha (RFA) decidiu, a partir dos anos 1950 guardar a maior parte de suas reservas de ouro no Ocidente", em países aliados, explicou Carl-Luwig Thiele, membro da diretoria do Bundesbank em coletiva de imprensa.
Assim, antes da reunificação alemã em 1990, 98% do ouro da Alemanha ocidental estava em Nova York, Paris e Londres, informou. Somente as reservas alemãs de ouro no Banco da Inglaterra em Londres - centro nevrálgico mundial das negociações de ouro - não sofrerão alterações. Elas representam 13% do total.
No final de 2012, as reservas de ouro da Alemanha somavam 3.391 toneladas, cerca de 80% das reservas cambiais do país. Trata-se das segundas reservas mais importante do mundo, depois das norte-americanas e maior que as do Fundo Monetário Internacional (FMI).