O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve nesta quarta-feira a taxa Selic em 7,25% ao ano. É a segunda vez consecutiva que o Copom decide pela manutenção da taxa básica de juros. Mesmo assim, a Selic se encontra no menor patamar da história.
A decisão confirmou a previsão da quase totalidade dos analistas. De acordo com levantamento do AE Projeções, serviço da Agência Estado, de 80 instituições financeiras consultadas, 79 apostavam na manutenção da taxa e apenas uma esperava uma queda de 0,25 ponto porcentual.
De acordo com o boletim Focus, divulgado na última segunda-feira pelo BC, a maioria dos analistas financeiros da iniciativa privada também acreditava que a Selic deveria permanecer no atual patamar pelo menos durante o primeiro semestre deste ano, com possibilidade de baixar a 7%, no segundo semestre, se a economia não se reanimar.
A taxa básica de juros teve dez reduções seguidas, de agosto de 2011, quando estava em 12,5%, a outubro do ano passado, quando foi fixada em 7,25%. Em 14 meses, a Selic perdeu 5,25 pontos percentuais e está no nível mais baixo da história do Copom, criado em junho de 1996.
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 5 e 6 de março. A ata da reunião desta quarta-feira será divulgada pelo BC na quinta-feira da próxima semana, dia 24 de janeiro.
Confira o comunicado oficial:
"O Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 7,25% a.a., sem viés.
Considerando o balanço de riscos para a inflação, que apresentou piora no curto prazo, a recuperação da atividade doméstica, menos intensa do que o esperado, e a complexidade que ainda envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques."
Com Agência Estado, Agência Brasil e InfoMoney