Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo em 122 contratos em vigor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) mostra que as rodovias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) avançam a um ritmo médio de 1,3 quilômetro por mês. Os cálculos tomam por base dados do Boletim Eletrônico de Medição, que mostra a evolução mensal de 107 obras prioritárias do PAC que estão em construção. Para cada um foi encontrado o ritmo de evolução da obra, levando em conta a data de início do contrato, a data estimada para sua conclusão e a extensão a ser construída.
O contrato mais antigo do boletim refere-se à duplicação da BR-101 no Rio Grande do Sul, do quilômetro 8,8 ao quilômetro 35 9. Ele foi assinado em 27 de dezembro de 2001 e até hoje a obra não foi entregue. A previsão é que fique pronta no fim de março próximo.
Campanha
A lentidão das obras do PAC é uma antiga pedra no sapato da presidente Dilma Rousseff, desde os tempos em que era "gerentona" do programa, no comando da Casa Civil. Agora, dar mais celeridade a essas obras e aos investimentos públicos e privados no País é a prioridade número um do governo. A preocupação é alcançar taxas de crescimento mais robustas e dar gás para a campanha eleitoral de 2014.
"A velocidade tem de ser maior", reconhece o diretor-geral do Dnit, general Jorge Ernesto Pinto Fraxe. "Faremos reuniões de coordenação para eliminar qualquer interferência que esteja travando o avanço das obras."
Ele explica que a velocidade calculada pela reportagem, de 1,3 quilômetro por mês, compara coisas diferentes. "Não existem dois terrenos iguais", afirma. "Dependendo de como a topografia se apresenta, vai devagarinho."