A mediana das projeções do mercado financeiro para o IPCA deste ano voltou a subir, de acordo com o levantamento Focus, realizado pelo Banco Central com instituições financeiras. A estimativa para a inflação oficial do País passou de 5,53% para 5,65%, conforme o relatório, divulgado na manhã desta segunda-feira. Esta é a terceira semana consecutiva de alta, de acordo com o documento.
Há um mês, a mediana das previsões estava em 5,47%. Com a escalada, o mercado revela que espera que o IPCA esteja cada vez mais longe do centro da meta de 4,5% estipulado para o período pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2014, no entanto, não houve alterações. A mediana das projeções segue em 5,00% há 10 semanas.
O mercado financeiro também voltou a elevar suas projeções para a inflação no curto prazo. A mediana das estimativas para o IPCA de janeiro subiu de 0,78% para 0,81%. Esta é a segunda semana consecutiva de alta. Há um mês, a taxa aguardada era de 0,73%.
Para fevereiro, os analistas não mexeram nas previsões, e a mediana para o IPCA segue em 0,45%. Vale lembrar, no entanto, que há um mês, essa taxa estava em 0,40%, conforme a Focus.
Também foi observada na pesquisa mais uma alta das estimativas para o IPCA suavizado para os próximos 12 meses. Pela Focus, a mediana passou de 5,53% na semana passada para 5,56% agora, registrando a segunda elevação consecutiva. Há um mês, a mediana para esse indicador estava em 5,55%.
Selic
O mercado financeiro também manteve congeladas suas expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, neste e no próximo ano, depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu que não mexeria nesse indicador na reunião realizada na semana passada. O colegiado manteve a Selic em 7,25% ao ano e é essa taxa a aguardada pelos analistas para o fim de 2013. As projeções estão estacionadas neste patamar há 10 semanas, de acordo com a Focus. Para 2014, a previsão de que a taxa básica de juros fechará o ano em 8,25% aparece na pesquisa há quatro semanas.
PIB
As projeções de analistas do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2013 voltaram a recuar. A mediana das estimativas para a atividade passou de 3,20% para 3,19%.
Apesar de ser um ajuste modesto, a tendência de esfriamento da economia é aguardada pelos economistas há três semanas seguidas. Há um mês, a mediana para este indicador estava em 3,30%.
Para 2014, a taxa mediana se manteve em 3,60% para o crescimento do País. Esta é a primeira vez no curto prazo que o mercado não altera suas projeções para o PIB, que estavam em 3,80% há quatro semanas.
Câmbio
Já a estimativa para o câmbio foi alterada tanto para este quanto para o próximo ano - nos dois casos para cima. Para o final de 2013, a mediana das previsões passou de R$ 2,07 para R$ 2,08, exatamente o valor em que a previsão para o dólar se encontrava há um mês. No caso de 2014, a mediana passou de R$ 2 05, patamar em que estava quatro semanas atrás, para R$ 2,09.
A estimativa para o câmbio médio ao longo do ano ficou inalterada em R$ 2,06 para 2013 - há um mês estava em R$ 2,08. Para 2014, porém, subiu de R$ 2,04 - taxa vista um mês atrás - para R$ 2,06.