A Organização Internacional do Trabalho (OIT) enfatizou a preocupação com os 12,6% da população jovem desempregada no mundo em 2012, no relatório Tendências Mundiais de Emprego 2013, que será divulgado amanhã. De acordo com os dados da organização, a falta de emprego atinge 74 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos, cerca de 37,5% de todas as pessoas sem emprego formal. A taxa de desemprego entre a população acima dessa faixa etária foi 4,5% no mesmo período.
Para a OIT, um dos pontos considerados preocupantes no âmbito do desemprego entre jovens é o tempo prolongado que ficam afastados do trabalho. Na Europa, por exemplo, 35% dos jovens desempregados ficaram seis meses ou mais nessa situação. As consequências mais sérias disso, segundo a organização, são a desmotivação e o afastamento do mercado laboral.
"Ter a experiência de períodos de desemprego tão longos ou abandonar o mercado de trabalho no começo da carreira profissional prejudica as perspectivas a longo prazo, o que contribui para a erosão da qualificação profissional e social e impede que os jovens acumulem experiência laboral”, informou o relatório.
As taxas médias de desemprego entre jovens e entre adultos no mundo, se comparadas, chegam a ter diferença de até oito pontos percentuais. Enquanto o desemprego atinge, em média, 12,6% da população entre 15 e 24 anos, afeta 4,5% dos adultos. No Oriente Médio, onde as taxas de desemprego entre jovens são as mais altas no mundo, atingem 28,1%, o mesmo percentual entre os adultos é 7,5%, mais de 20,6 pontos percentuais de diferença. No Norte da África, com 23,8% dos jovens sem ocupação, a diferença para os adultos é 10,7 pontos percentuais (7,5% desempregados).
O grupo das economias desenvolvidas - que inclui os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão, a Espanha, Portugal e outros países - a diferença chega a 10,6 pontos percentuais, com 17,6% dos jovens, em média, desempregados. Segundo a OIT, há países da Europa Ocidental em que a taxa chega a 50% das pessoas entre 15 e 24 anos.