A prévia da Sondagem da Indústria de janeiro, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que o setor inicia 2013 com sinais de melhora na produção, segundo Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).
"Parece que nessa virada de ano, com mais algumas medidas adicionais do governo, mais estímulos, o início de ano começa um pouco melhor em termos de produção", afirmou Campelo.
A melhora vem tanto do avanço na percepção sobre o momento presente (de 106,5 pontos em dezembro para 107,5 pontos na prévia de janeiro) quanto no aumento do nível de utilização da capacidade instalada na prévia de janeiro (de 84,1% para 84,5%). Mas, mesmo a queda no indicador sobre as expectativas (de 106,2 pontos para 105,6 pontos) não indicou piora na confiança.
Dos três subitens que compõem o Índice de Expectativas, dois registraram evolução no período: os relativos ao emprego previsto para três meses e à tendência de negócios para os próximos seis meses. O recuo foi determinado por um declínio na produção prevista para três meses.
"O que provocou essa queda foi o indicador da produção prevista, mas ele ainda continua alto, porque ele tinha ficado muito elevado em dezembro. Então continua ocorrendo uma sinalização de alguma aceleração nesse início de ano", avaliou o economista do Ibre/FGV.
No início do ano, por uma questão sazonal, há uma piora nos indicadores da indústria, com ajuste, sobretudo, na produção. No entanto, a deterioração verificada este ano foi menos intensa. "Janeiro é um mês com sazonalidade muito forte no sentido negativo. Este ano, o que está acontecendo é que os indicadores não caíram tanto, então, após o ajuste sazonal da pesquisa, isso aparece como uma melhora", explicou Campelo.