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Estado de Minas

Bancos privados colocaram PSI de pé


postado em 23/01/2013 09:16

Criado no auge do impacto da crise financeira internacional na economia brasileira com o objetivo de estimular a indústria, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) saiu do papel graças ao empenho de instituições privadas. Praticamente quatro de cada cinco reais do programa passaram pelas mãos de um gerente de banco privado antes de chegar às empresas.

O Banco do Brasil, responsável pela operação de boa parte da carteira do BNDES, não foi o mais agressivo no caso específico do PSI. O Bradesco foi a instituição que mais emprestou, e assumiu maior risco das operações do programa. Desde 2009, foram R$ 29,3 bilhões. O Banco do Brasil emprestou R$ 24,3 bilhões.

“Com a presença capilar que temos no Brasil, conseguimos ter um grau de captura do PSI”, avaliou Osmar Roncolato Pinho, diretor do Departamento de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco. “Tem que ser uma ação perene, para a solução de retomada do investimento”, afirmou o executivo.


O PSI injetou R$ 148,6 bilhões em financiamentos de exportação, projetos de inovação e na compra de máquinas e equipamentos por empresas desde 2009. Bancos públicos, como BB e Caixa Econômica Federal, e agências de fomento, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), responderam por 21% do total, segundo dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

Desde o início da crise financeira, o governo faz apelos para que a iniciativa privada dividisse com o BNDES o papel de financiar grandes projetos de infraestrutura, que exigem empréstimos de longo prazo. Os números obtidos pela reportagem mostram que há interesse dos bancos privados em atuar no segmento, mas emprestando o dinheiro “mais barato” do BNDES, com juros baixíssimos.

Maior banco do País em ativos, o BB não aceita a pecha de segundo colocado no PSI. Isso porque o banco foi o maior operador de recursos do BNDES, quando computadas todas as linhas existentes. Foram R$ 24 bilhões no ano passado, quase o mesmo que Bradesco (R$ 12,4 bilhões) e Itaú (R$ 12 bilhões), somados. Outro indicativo do engajamento do BB: o banco emitiu 7 de cada 10 cartões do BNDES, voltados para micro e pequenas empresas.


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