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Estado de Minas

Emprego, inclusão e clima são destaques em Davos


postado em 23/01/2013 13:24 / atualizado em 23/01/2013 13:46

Presidente do banco suíço UBS, Axel Weber:
Presidente do banco suíço UBS, Axel Weber: "Empregos foram perdidos e agora precisamos pensar como transformar o crescimento em empregos nos países, especialmente na Europa" (foto: REUTERS/Pascal Lauener )
DAVOS - Com a esperança de que o pior da crise econômica já passou, líderes mundiais tentam traçar bases para uma recuperação global forte e sustentável. Esse é a principal proposta do debate no Fórum Econômico Mundial que começou nesta quarta-feira, dia 23, em Davos, na Suíça. Com o tema "Dinamismo resiliente", a intenção do evento é tentar traçar os desafios na saída da crise. Entre os temas que chamam atenção no primeiro dia do evento, estão a necessidade de aumento do emprego, a inclusão social e as mudanças climáticas.

"Empregos foram perdidos e agora precisamos pensar como transformar o crescimento em empregos nos países, especialmente na Europa", defendeu o presidente do banco suíço UBS, Axel Weber. No continente europeu, países como a Espanha e Grécia amargam níveis recordes de desemprego, especialmente entre os mais jovens. O excesso de mão de obra disponível tem reduzido salários nesses mercados e feito com que milhares de desempregados procurem empregos em outros países.

Para o presidente da Coca-Cola, Muhtar Kent, o atual cenário representa "uma grande oportunidade, mas também um grande desafio". Para o executivo, é preciso que sociedade, empresas e governos se unam no esforço da retomada do crescimento. "O crescimento vem da melhora da atividade, mas também do otimismo que gera investimento", diz o presidente da Coca-Cola.

Outro desafio à frente é a inclusão de setores menos favorecidos. Kent chama atenção para um dado que mostra que as mulheres já representam 66% da força de trabalho mundial, mas recebem apenas 10% dos rendimentos. A inclusão também deve atingir os mais jovens que têm sido duramente afetados pelo desemprego, especialmente na Europa, defende a presidente da ONG Transparência Internacional, Huguette Labelle.

Meio ambiente


Há, ainda, a preocupação com o clima. O presidente global da Dow Química, Andrew Liveris, diz que os Estados Unidos podem aproveitar o cenário de recuperação para abraçar a agenda do combate às mudanças climáticas. Nesse quadro, ele chama atenção para a descoberta recente dos grandes campos de gás de xisto nos Estados Unidos.

"Essas descobertas vão mudar o jogo energético mundial e será uma coisa boa para o mundo", diz. Apesar da polêmica em torno de seu impacto ecológico, os campos descobertos em solo norte-americano já têm uma consequência: os preços internacionais do gás caíram expressivamente após a descoberta.


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