A estabilidade do Índice de Confiança da Indústria (ICI), que subiu 0,1% em janeiro ante dezembro, ao passar de 106,4 pontos para 106,5 pontos, com ajuste sazonal, decorre da posição divergente dos dois indicadores que formam o ICI: houve um ligeiro aumento do Índice da Situação Atual (ISA) - alta de 0,3% para 106,8 pontos - e um leve recuo do Índice de Expectativas (IE), que caiu 0,1%, para 106,1 pontos.
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou os dados nesta terça-feira, "analisado em conjunto com a ampliação do uso da capacidade instalada em janeiro, o resultado sugere aceleração do crescimento do setor industrial na virada de ano".
O quesito nível de demanda foi o que mais contribuiu para o aumento do ISA, com alta de 1,1% em janeiro em relação a dezembro. O indicador atingiu 105,8 pontos, o maior patamar desde julho de 2011 (107,8). A parcela de empresas que avaliam o nível de demanda atual como forte aumentou de 14,7% para 16,4% no período, enquanto a proporção das que o consideram fraco passou de 10,1% para 10,6%.
Já a queda do IE foi influenciada pelo quesito produção prevista. Após destacar-se positivamente na última divulgação, o indicador recuou 2,3% em janeiro, para 132,2 pontos, mantendo-se contudo, em patamar superior à média histórica recente (127,0). A proporção de empresas esperando menor produção aumentou de 4 1% para 8,4%, enquanto a parcela das que preveem maior produção passou de 39,4% para 40,6%. A coleta de dados da sondagem divulgada nesta terça-feira foi realizada entre os dias 2 e 25 deste mês com 1.247 empresas.