A dívida líquida do setor público atingiu R$ 1,550 trilhão em dezembro, equivalente a 35,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), calculado em R$ 4,412 trilhões em valores correntes de 2012. Os dados estão no Relatório de Política Fiscal, divulgado hoje pelo Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC).
Com o resultado, manteve-se o patamar da dívida/PIB de novembro. Houve redução de 1,3 ponto percentual em relação à dívida líquida contabilizada no fechamento de 2011, no valor de R$ 1,508 trilhão, que equivalia a 36,4% do PIB da época.
Segundo o BC, os fatores que contribuíram para a redução da relação dívida/PIB foram o superávit primário de R$ 104,951 bilhões no ano passado (2,4 pontos percentuais do PIB), o efeito crescente do próprio PIB (2,2 pontos percentuais), a desvalorização cambial de 8,9% em 2012 (1,3 ponto percentual), a paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa (0,1 ponto percentual) e o reconhecimento de ativos (0,1 ponto percentual).
Os 6,1 pontos percentuais desse somatório foram suficientes para cobrir, com folga, os 4,8 pontos percentuais gastos com juros da dívida no decorrer de 2012, no total de R$ 213,063 bilhões.
Enquanto isso, a dívida bruta do Governo Geral – que inclui os três níveis de governo e o Instituto Nacional do Serviço Social (INSS) – melhorou em dezembro, na comparação com novembro, mas fechou o ano em R$ 2,583 trilhões (58,6% do PIB), ante R$ 2,243 trilhões (54,2% do PIB) de 2011. Houve elevação, portanto, de 4,4 pontos percentuais na dívida bruta.