Os engenheiros sindicalizados da Boeing realizarão no dia 05 de fevereiro uma votação sobre uma possível greve, depois que a liderança do sindicato recomendou a rejeição da oferta contratual da empresa. A votação está prevista para continuar até 19 de fevereiro.
A liderança da Sociedade de Empregados Profissionais de Engenharia Aeroespacial (Speea, na sigla em inglês) recomendou a rejeição de um contrato de quatro anos nesta quinta-feira, uma vez que o sindicato e a Boeing continuam em um impasse sobre benefícios de aposentadoria.
O executivo-chefe da Boeing, Jim McNerney, disse na quarta-feira que estava "esperançoso" de que um acordo contratual final seria alcançado, evitando uma greve, mas acrescentou que a empresa terá um número suficiente de "especialistas disponíveis para continuar analisando esta questão". Qualquer greve vai interromper a produção de aviões e as entregas, visto que os engenheiros e operadores técnicos da empresa inspecionam as aeronaves para entregar aos clientes.
O porta-voz da Boeing, Doug Alder, disse em um comunicado que a empresa estava "decepcionada com a recomendação" da liderança da Speea, mas acrescentou que esperava que os membros do sindicato avaliassem a oferte de modo independe.
Se a greve for aprovada, a paralisação de trabalho não será acionada imediatamente. A votação permite que a liderança do sindicato convoque uma greve se as negociações fracassarem. A rejeição da oferta da Boeing leva as equipes de negociação de volta às discussões.
O sindicato de 23 mil engenheiros e operadores técnicos rejeitou esmagadoramente, a primeira oferta da Boeing de um contrato de quatro anos. A primeira oferta havia sido feita em outubro.
As negociações foram interrompidas no início de dezembro, o que levou um mediador federal a recomendar um período de reflexão, que terminou no dia 9 de janeiro, dois dias depois de uma bateria de um 787 pegar fogo em Boston.