O número de trabalhadores na construção civil cresceu 3,02% no País em 2012 ante 2011, com a adição de 95,7 mil vagas de trabalho (saldo de contratações menos demissões). Até dezembro, o setor empregava 3,270 milhões de trabalhadores com carteira assinada, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O levantamento mostrou que a criação de vagas foi puxada pelas obras de infraestrutura, onde o número de postos aumentou 7,7% em 2012, enquanto as obras imobiliárias registraram alta de 3 0%. Já no mês de dezembro, o número de trabalhadores na construção civil recuou 3,02% ante novembro, com o fechamento de 101,7 mil vagas no País. A baixa foi mais acentuada do que os 2,58% de dezembro de 2011, quando foram fechadas 83,9 mil vagas.
Segundo o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, a queda mais forte do emprego no fim do ano reforça a necessidade de adoção de medidas para a recuperação dos investimentos. Na sua avaliação, o corte de encargos previdenciários anunciados pelo governo federal em dezembro e com validade a partir de abril deverá contribuir para a recuperação do setor.
Dos 3,270 milhões de trabalhadores com carteira assinada empregados ao final de dezembro, 1,651 milhão estava no Sudeste, 700 mil, no Nordeste; 460,2 mil, no Sul; 255,2 mil, no Centro-Oeste e 202,8 mil, no Norte.
No Estado de São Paulo, o número de contratações na construção caiu 2,18% em dezembro em relação a novembro, com o fechamento de 18,5 mil vagas. Assim como na média do País, a queda foi mais acentuada do que a registrada em dezembro de 2011, quando foram fechadas 13,8 mil vagas (-1,73%). No acumulado de 2012, o total de trabalhadores empregados apresentou alta de 1,93%, com a contratação de 15,7 mil no Estado.