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Estado de Minas

Governo quer mais empréstimos e financiamentos na praça

Planalto quer aumento de até 17% em recursos para concessão de empréstimos e financiamentos


postado em 06/02/2013 06:00 / atualizado em 06/02/2013 07:38

Brasília – O governo quer que os bancos privados acompanhem os concorrentes do setor público e aumentem a concessão de crédito às empresas e ao consumidor. Ontem, após participar de uma reunião com os nove principais banqueiros do país, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cobrou explicações para o fato de no ano passado o volume de recursos disponibilizados por essas instituições ter aumentando “muito pouco”, entre 7% e 8%. “Em 2012, o crédito avançou, mas foi insuficiente para estimular o crescimento da economia”, disse Mantega.

Em meio à preocupação em destravar os investimentos e evitar um novo desempenho pífio do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, o Planalto tem cobrado que os bancos privados sejam mais ousados na concessão de empréstimos e financiamentos. Para Mantega, mesmo com o país crescendo pouco e a inflação ainda alta, seria possível ter aumentado a oferta de recursos de maneira mais forte, sem, no entanto, cometer exageros. “O que foi conversado hoje (ontem) é que não é uma sangria desatada. Não é para sair soltando crédito, mas se você tirar a inflação, a rolagem das dívidas, eles (bancos privados) deveriam ter emprestado de 12% a 14% a mais (em 2012). Ou seja, ficaram muito aquém”, frisou o ministro.

O recado parece ter surtido efeito. Os presidentes dos dois maiores bancos privados do país, Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, e Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, sinalizaram apoio à proposta do governo. “Os bancos privados vão ampliar o volume de crédito. Em 2012, houve um ritmo moderado, mas foi um momento atípico, fora da curva”, disse Trabuco. Já Setubal reforçou na conversa com o ministro que pretende apoiar os projetos de investimentos em infraestrutura que o país necessita. “Temos total interesse nos projetos de longo prazo”, disse.

Conforme adiantou o ministro da Fazenda, os grandes bancos privados planejam expandir a concessão de crédito em torno de 15% a 17% em 2013. “Já os públicos vão continuar na mesma trajetória em que estão, aumentando o crédito”, assegurou Mantega. “A perspectiva de 2013 é de redução da inadimplência e crescimento do PIB, gerando mais demanda por crédito”, apostou o Trabuco, do Bradesco.

Itaú lucra R$ 13,6 bi O Itaú Unibanco encerrou 2012 com lucro líquido de R$ 13,6 bilhões, 7% a menos do que o registrado em 2011 (R$ 14,6 bilhões). Mesmo assim foi o maior resultado já divulgado neste ano pelo sistema financeiro nacional. O banco superou pela primeira vez o total de R$ 1 trilhão em ativos, ampliando a distância em relação ao Bradesco, de R$ 104 bilhões para R$ 135,3 bilhões, e consolidando-se como principal instituição privada do Brasil.
No quatro trimestre de 2012, o Itaú lucrou R$ 3,5 bilhões , ganho 3,4% superior ao registrado nos três meses anteriores (R$ 3,4 bilhões). Segundo os especialistas, tal resultado foi possível, graças à redução da inadimplência acima de 90 dias, que recuou de 4,9% para 4,8%, fato que não se viu no mercado até agora.

“O ano de 2012 foi desafiador para o mercado financeiro no Brasil, devido ao aumento da inadimplência”, disse Setubal. “A boa notícia é que isso melhorou no fim do ano, o que possibilitará aumentar o crédito em 2013”, disse ele, prevendo alta de 11% a 14% na concessão de recuros. A carteira de crédito do Itaú encerrou 2012 com R$ 426,59 bilhões, alta de 7% sobre o ano anterior. (Com Rosana Hessel e Vânia Cristino)


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