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Estado de Minas

Inflação oficial tem o maior índice para o mês desde 2003

Janeiro também teve a maior alta inflacionária para um mês desde abril de 2005. IPCA fechou o mês de janeiro com alta de 0,86%, ante 0,79% em dezembro


postado em 07/02/2013 09:19 / atualizado em 07/02/2013 13:10

Clique na imagem para ampliar(foto: Soraia Piva)
Clique na imagem para ampliar (foto: Soraia Piva)
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de janeiro com alta de 0,86%. Este é o maior índice mensal desde abril de 2005 e o mais elevado para meses de janeiro desde 2003. A taxa também é superior à registrada em dezembro (0,79%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 12 meses, o índice chega a 6,15%, acima dos 5,84% relativos aos 12 meses anteriores e próximo do teto da meta do governo, que é de 6,5%.

Em Belo Horizonte, a inflação oficial subiu para 0,73% em janeiro ante 0,52% em dezembro. Os resultados acumulados no ano atingiram 6,11%. Assim como no país, os itens que mais contribuíram para a alta do IPCA em janeiro para a capital mineira foram o grupo alimentação (alta de 1,68%), despesas pessoais (1,51%), artigos para residência (0,97%) e transportes, com alta de 0,74%. Nas demais regiões do país, a inflação chegou a 1,06% (Belém), 1,01% (Fortaleza), 0,99% (São Paulo), 0,90% (Recife), (0,89%) Goiânia, 0,87% (Porto Alegre), 0,85% (Salvador), 0,73% (Rio de Janeiro), 0,68% (Curitiba) e 0,46% em Brasília.

No país, o preços também continuaram subindo. A taxa atingiu 1,99%, superando o resultado de 1,03% de dezembro. O grupo alimentação e bebidas teve impacto de 0,48 ponto percentual no índice e respondeu por 56% do IPCA. Também aumentaram os preços do frango (4,75%) e das carnes (1,16%), importantes itens na cesta de consumo das famílias. Diante desses aumentos, o grupo alimentação registrou também a maior alta desde 2003 para os meses de janeiro.

Os cigarros ficaram 10,11% mais caros em janeiro, o que fez o item registrar o principal impacto sobre o Índice IPCA. A alta, causada pelo aumento no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), resultou em uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para a taxa de 0,86% do IPCA de janeiro.

Segundo o IBGE, a taxa só não ficou mais pressionada graças à deflação de 0,20% do grupo habitação devido ao recuo da tarifa de energia elétrica, que ficou 3,91% mais barata, refletindo parte da redução de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro e também graças ao grupo vestuário (de 1,11% em dezembro para –0,53% em janeiro), comunicação (de 0,03% para –0,08%).

O grupo transportes foi influenciado pelas tarifas dos ônibus intermunicipais, que subiram 2,84% e subiu 0,75% em janeiro, repetindo a taxa de dezembro. No caso das passagens aéreas, embora tenham aumentado 5,15%, perderam força em relação ao mês anterior, quando a alta chegou a 17,12%.

Já a compra do automóvel novo ficou 1,41% mais cara, o terceiro item de maior impacto individual no mês, detentor de 0,05 ponto percentual. Com 3,22% de participação no orçamento das famílias, os preços dos automóveis novos refletiram o início da redução do desconto no IPI, tendo em vista a recomposição da taxa.


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