O dólar fechou esta quinta-feira em baixa de 0,82% no balcão, cotado a R$ 1,9720, a menor cotação ante ao real desde 11 de maio de 2012, quando marcou R$ 1,9520, e a maior baixa porcentual desde 28 de janeiro deste ano. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, explicitou preocupações com a inflação, nesta quinta, levando o mercado a interpretar que o câmbio poderá ser uma ferramenta de combate à aceleração dos preços.
Na máxima da sessão, a moeda americana marcou R$ 1,9900 (+0,05%) e, na mínima, vista perto das 12h30, atingiu R$ 1,9600 (-1,46%) – também o menor patamar intraday desde 11 de maio do ano passado, quando a moeda chegou a recuar a R$ 1,940 durante a sessão. Segundo dados da Bovespa, o volume negociado ficou em cerca de 4 bilhões de dólares.
O dólar rompeu no final de janeiro o piso de uma banda informal de R$ 2 a R$ 2,10, que vigorou durante boa parte de 2012, estimulado por intervenções do próprio BC, e o mercado interpretou esse movimento como um sinal de preocupação com a inflação. Desde então, o mercado de câmbio ficou "engessado" em torno de R$ 1,98, nível que embora não seja suficiente para diminuir a inflação, ajuda a ancorar as expectativas de que o dólar não será mais um fator de pressão este ano.
Com InfoMoney