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Estado de Minas

Blocos farão bares abrir em Belo Horizonte no carnaval

Bares, restaurantes e foliões que moram no trajeto dos blocos aproveitam o ressurgimento do carnaval de BH para lucrar


postado em 08/02/2013 06:00 / atualizado em 08/02/2013 07:21

No Brasil 41, movimento começou nos ensaios e o estoque foi reforçado para os quatro dias(foto: BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS)
No Brasil 41, movimento começou nos ensaios e o estoque foi reforçado para os quatro dias (foto: BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS)


Os blocos de Ccarnaval prometem agitar as ruas de Belo Horizonte nos próximos dias. A programação mais intensa da folia, que cresce a cada ano na capital, abre espaço para movimento maior nos bares, que aproveitam a festa para lucrar com bebidas e petiscos. No Bairro Santa Tereza, onde se concentra grande parte dos blocos, os amigos Ítalo de Carvalho Pieroni e Felipe Goes já enfeitaram a garagem da casa de Pieroni à espera dos foliões. Vestidos a caráter para a festa, com colares e perucas, eles vão vender espaguete na chapa, espetinho, comida de boteco, massas e cerveja dentro da própria casa. Além de desfrutar da folia, os amigos vão aproveitar para lucrar. Nos bares, alguns chegam a triplicar o movimento e a lotação obriga os donos até a fechar as portas.


“Muita gente não vai viajar na minha rua, pois o carnaval ficou muito próximo das férias”, diz Pieroni. Ele afirma que o ambiente familiar do bairro ajuda a atrair foliões. “Nos últimos três anos virou febre essa história de blocos. No ano passado, tinha gente até de outros estados aqui em Santa Tereza”, afirma.

O empresário Olívio Cardoso Filho, dono do Bar Estabelecimento, na Serra, promove o carnaval há oito anos. “Acreditei nessa proposta há muito tempo, mas só nos últimos três anos a cidade ficou mais cheia. O movimento cresceu em torno de 70% nos dias de carnaval. Teve dias em que tive até que fechar as portas no último ano”, afirma Olívio Filho. No período da folia, o Estabelecimento vai ter bailinho de máscaras e DJ tocando marchinhas e sucessos antigos de carnaval. O bar tem capacidade para 150 pessoas. Olívio Filho afirma que, depois do festival Comida di Buteco, o carnaval é a época de maior movimento no local.

O Canto do Aristóteles (Bar da Rosa), em Santa Tereza, vai dobrar o número de funcionários nos quatro dias de folia. O horário também vai ser estendido, com as portas abrindo às 13h, bem antes das 18h habituais. “No ano passado, o movimento foi muito bom. Eu abri só à noite e me arrependi”, diz Rosa Teresinha da Luz Lampert, proprietária do Canto do Aristóteles.

Na vizinhança da Praça Ernesto Tassini, em Santa Tereza, o Bar do Orlando e a Parada do Cardoso também se preparam para receber os foliões. “As vendas triplicam e chegam até a quadriplicar nessa época”, diz Orlando Silva de Siqueira, dono do Bar & Butiquim do Orlando, um espaço de apenas 14 metros quadrados na esquina das ruas Alvinópolis e Conselheiro Rocha. Ele tem o bar há 32 anos. “Há uns quatro anos começou a ficar melhor”, diz. Ontem, na reunião do Bloco Moreré, Siqueira já sentiu o aquecimento das vendas. O bar abriu as portas às 14h. “O movimento hoje foi maior do que de um sábado comum”, disse, no fim da tarde.

O ensaio do bloco Cuequinha do Papai, na terça-feira, em frente ao Brasil 41, no Santa Efigênia, sinalizou o que será a folia. “O movimento triplica no período do carnaval. Vendemos tudo o que temos: água, garrafa e lata de cerveja. Já aumentei meu estoque”, diz Jacira de Senna e Souza Ribeiro, uma das donas do bar.

 

Só não vai quem já morreu

Depois de 20 anos, o administrador de empresas Marcelo Scheid decidiu passar o carnaval em Belo Horizonte. “Eu sempre viajava, mas as pessoas começaram a falar que aqui estava ficando bom”, afirma. A festa ainda nem começou e Scheid já acompanhou, ontem, o quinto bloco, o Moreré. “Se continuar assim, vai valer a pena. O custo-benefício é bom”, afirma.
 A advogada Mariana Simões também decidiu pular o carnaval na capital. Fantasiada de Minie, ela acompanhou ontem o Mureré. “Eu vou curtir os bloquinhos. Meus amigos que ficaram aqui nos outros anos falaram que está melhor do que nos outros lugares”, afirma.

A pizzaria Parada do Cardoso ampliou o número de funcionários para a folia. A pizzaria trabalha normalmente com 30 pessoas. No Carnaval, serão mais oito, inclusive seguranças. “É preciso, pois em outros anos destruíram meu banheiro”, diz. Ele explica que o movimento é maior no período depois das 22h, quando as pessoas querem repor as energias.
No Xico da Carne, no Bairro Cidade Nova, a programação infantil inclui minibaile, oficina de máscaras, pintura facial e festival de algodão doce, entre os dias 9 e 11 de fevereiro. A partir de amanhã, a casa vai abrir mais cedo para atender a demanda que, segundo o diretor do restaurante, Rodrigo Nascimento, deve ser 30% maior que no ano passado. “A expectativa é receber 800 pessoas por dia entre sábado e terça-feira”, diz Nascimento. Foram investidos R$ 10 mil para a ocasião. No Restaurante e Choperia Pinguim, o destaque da programação de carnaval é a rodada dupla de caipirinha, caipiroska, batata frita e batata australiana (fritas com cheddar, bacon e parmesão). O horário de atendimento da casa não será alterado durante o carnaval, permanecendo das 11h às 1h. (GC)

 

 


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