O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, voltou a dizer que o modelo criado pelo governo para estimular os investimentos privados no setor portuário é ruim para os trabalhadores e vai quebrar os terminais já concedidos pelo antigo modelo de licitações nos portos organizados. Ele chegou na tarde desta quinta-feira ao Palácio do Planalto para a reunião com a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, da qual também participarão outros representantes de sindicatos do setor e o ministro da secretaria de Portos, Leônidas Cristino.
"Quando o novo modelo começar a funcionar, ele vai quebrar os portos já concedidos e, por consequência, irá afetar os trabalhadores", disse Paulinho. "Os novos portos privados podem até absorver esse contingente de mão de obra, mas em condições piores", completou.
Mais cedo, a ministra Gleisi negou que a proposta do governo vá enfraquecer os portos e prejudicar trabalhadores do setor. "Não temos interesse nenhum em fechar nenhum porto público ou enfraquecê-los porque nós investimos muito neles e vamos investir muito mais", declarou. "Estão dizendo que pode fechar o porto e deixar gente desempregada. Diante deste argumento, eles (portuários) estão assumindo que o porto é ineficiente, que ele demora para atender, que custa caro, e que, portanto, não aguenta concorrência. Nós não acreditamos nisso", afirmou a ministra.