A Petrobras anunciou ontem à noite ter iniciado a produção de petróleo no campo de Sapinhoá Norte, no pré-sal da Bacia de Santos (litoral de São Paulo). O óleo está sendo extraído pelo navio-plataforma (FPSO) Cidade de São Vicente, em operação desde a última terça-feira em poço exploratório localizado no bloco BM-S-9, operado pela Petrobras (45%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda (30%) e a Repsol Sinopec Brasil S.A. (25%).
De acordo com o comunicado da petroleira, a produção do Cidade de São Vicente será de cerca de 15 mil barris de óleo por dia, devido à limitação de aproveitamento de gás e se estenderá por um prazo máximo de seis meses, conforme o plano do Sistema de Produção Antecipada (SPA) de Sapinhoá Norte.
O navio-plataforma está ancorada a 2.140 metros de profundidade, a 310 km da costa. A Petrobras definiu o óleo produzido como "de elevada qualidade". O escoamento será feito por navios, que trarão o petróleo cru para os principais portos brasileiros.
O Plano de Desenvolvimento (PD) de Sapinhoá, um dos maiores campos de petróleo do País, prevê dois sistemas definitivos compostos pelos FPSOs Cidade de São Paulo e Cidade de Ilhabela. O Cidade de São Paulo já produz desde 5 de janeiro passado, com capacidade instalada de saída de 120 mil barris de óleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. O pico da produção, segundo a Petrobras, não será alcançado antes do segundo semestre de 2014.
O Cidade de Ilha Bela ainda está em construção. O casco está sendo fabricado na China. Os módulos da planta de produção, no Brasil. Com capacidade de produção de 150 mil barris por dia de óleo e 6 milhões de metros cúbicos diários de gás, o Cidade de Ilha Bela tem início de operação previsto para o segundo semestre de 2014.
O volume recuperável total de Sapinhoá é estimado em 2,1 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). O campo entrou em produção comercial exatos quatro anos e meio após a descoberta, ocorrida em julho de 2008.