O compromisso assumido neste sábado pelo G-20 relacionados às políticas de moedas marca o início de práticas comuns para os regimes de taxa de câmbio no mundo, disse uma autoridade do alto escalão da administração dos Estados Unidos.
O comunicado divulgado após o encontro de ministros das Finanças do G-20 afirma o compromisso do grupo com taxas de câmbio determinadas pelo mercado, flexibilidade de câmbio para refletir fundamentos subjacentes e para evitar a desvalorização das moedas com intuito competitivo.
A autoridade disse que, à medida que o que foi concordado for implementado, o mundo terá cada vez mais um amplo número de países que aderem aos mesmos parâmetros de políticas para o câmbio.
Embora o comunicado tem a intenção de acalmar os mercado, não endereçou todos os fatores subjacentes dos movimentos recentes das taxas de câmbio e não está claro se o grupo conseguirá amenizar a volatilidade das moedas.
O grupo diz, por exemplo, que é preciso a adoção da política monetária para alimentar a frágil recuperação econômica global. Há também incerteza sobre se a crise de dívida europeia será resolvida e sobre a velocidade com a qual os Estados Unidos recuperarão o crescimento saudável de sua economia. Espera-se ainda que os mercados emergentes cresçam mais rapidamente do que as outras economias por muitos anos. Toda essa dinâmica determinará como os investidores migrarão seus recursos pelo mundo, o que afeta o valor das moedas.
Os mercados emergentes estão preocupados com volatilidade e o fluxo de investimentos prejudicais às suas economias, criados pela flexibilização monetária agressiva adotada pelos Estados Unidos e pelo Japão, que considera-se teve intenção de dinamizar a economia.