A gigante aeroespacial Boeing está considerando um plano provisório para proteger seus 787 Dreamliner se suas baterias superaquecerem ou pegarem fogo, de acordo com informações divulgadas pelo Seattle Times nesta segunda-feira.
O novo jato da Boeing foi proibido de voar em todo o mundo desde meados do mês passado, depois que o surgimento de fumaça em uma bateria levou a um pouso de emergência de um avião e a bateria de outra aeronave que estava em solo pegou fogo.
A empresa defendeu a segurança das baterias de íon-lítio usadas no avião, enquanto são aguardados os resultados de uma investigação oficial, mas a matéria de hoje diz que a empresa está buscando uma solução temporária. De acordo com o jornal, a empresa pode envolver as células da bateria com uma caixa de aço ou titânio com um respiradouro de alta pressão para interromper qualquer fogo que surja em um voo.
Nenhum porta-voz da Boeing estava disponível para comentar a matéria, que, segundo o jornal, foi informada por pessoas ligadas ao plano. O Dreamliner, uma aeronave de longa distância com consumo eficiente de combustível, é peça chave da estratégia de negócios da Boeing, enquanto a empresa luta para ganhar importância no duopólio virtual com a rival Airbus.
Fontes da Airbus informaram à AFP que a gigante europeia cancelou os planos pra usar baterias de íon-lítio em seu futuro rival do 787, o A350. De acordo com a matéria, a Boeing espera que o plano provisório para proteger os aviões dos incêndios nas baterias dos aeroportos convencerá as autoridades de segurança dos Estados Unidos a permitir que 50 jatos estacionados em todo o mundo voltem ao serviço em maio.