O Banco PanAmericano apresentou prejuízo líquido de R$ 603,926 milhões, em 2012, segundo o Relatório de Demostrações Financeiras, divulgado pela instituição. Em 2011, o banco havia registrado lucro líquido de R$ 60,238 milhões. No quarto trimestre de 2012, o resultado negativo ficou em R$ 38,4 milhões. O patrimônio líquido consolidado ficou em R$ 2,5 bilhões, no final do ano passado.
A carteira total de crédito somava R$ 13,8 bilhões ao final de 2012, 4,4% maior do que o valor de R$ 13,2 bilhões verificado em setembro de 2012 e 27,1% maior do que os R$ 10,8 bilhões de dezembro de 2011.
Segundo o banco, o financiamento de veículos permanece sendo o principal mercado de atuação. Foi concedido um volume total de R$ 1,399 bilhão em novos financiamentos no quarto trimestre de 2012, incluídas operações de arrendamento mercantil. As concessões foram 13,5% maiores do que o montante de R$ 1,233 bilhão registrado em setembro e 13% acima do valor de final de 2011 (R$ 1,238 bilhão).
No final de 2009, a Caixa Participações S.A. (Caixapar) adquiriu 35,54% do capital social do PanAmericano, pagando R$ 739,3 milhões. Em novembro de 2010, foi descoberto um esquema de fraudes contábeis na venda de carteiras de crédito. Essas transações foram registradas com preços superestimados, o que provocou um rombo de R$ 4,3 bilhões.
Para impedir a quebra do banco, que pertencia ao Grupo Silvio Santos, houve aporte do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Esse fundo recebe recursos dos bancos para socorrer correntistas de instituições com dificuldades financeiras. Atualmente o PanAmericano é controlado pelo BTG Pactual e tem a Caixa como sócia.