As constantes reduções de juros anunciadas pelos bancos públicos e privados, atendendo a orientação do governo federal para acelerar a economia do país, contribuiu para alta margem de lucro da Caixa Econômica Federal. Em 2012, a instuição financeira apresentou lucro líquido de R$ 6,1 bilhões, 17,1% acima de 2011, recorde histórico do banco, segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda.
O resultado foi impulsionado pela carteira de crédito que cresceu 42% em 12 meses e fechou o ano em R$ 353,7 bilhões. Essa foi a maior expansão de crédito do mercado em 2012, que cresceu em média 15% no ano passado. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 1,9 bilhão.O total de ativos administrados em dezembro de 2012 estava em RS 1,3 trilhão. Desse valor, RS 702,9 bilhões são de ativos próprios, aumento de 37,8% ante dezembro de 2011.
Inadimplência
A inadimplência subiu de 2% em dezembro de 2011 para 2,08% ao final de 2012. O presidente da Caixa, Jorge Hereda, afirmou que esse crescimento está em uma margem aceitável. Ele destacou que a indadimplência da Caixa é inferior à média do mercado, citando a natureza da carteira de crédito do banco, focado no crédito imobiliário. A Caixa fechou o ano com seu índice de Basileia em 13%, abaixo do patamar de 13,3% em dezembro de 2011.
A carteira de habitação teve saldo de R$ 205,8 bilhões em dezembro de 2012, um aumento de 34,6% comparado com mesmo período em 2011. A contratação imobiliária atingiu R$ 106,7 bilhões, crescimento de 33,3% em relação ao mesmo período de 2011. Desse total, R$ 46,7 bilhões vieram de recursos da poupança e R$ 38,7 bilhões das linhas que utilizam o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Para o programa Minha Casa, Minha Vida, desde o seu lançamento em 2009 até o final de 2012, a Caixa contratou 2,1 milhões de novas moradias, totalizando R$ 134,5 bilhões. Já foram entregues aos beneficiários mais de 1 milhão de unidades habitacionais.
Em 2012, o banco injetou cerca de R$ 530 bilhões na economia, referentes a contratações de crédito, programas de governo, remuneração de pessoal, além de tributos e encargos sociais destinados ao governo federal, a estados e municípios. (Com agências)