A Dívida Pública Federal (DPF) poderá fechar 2013 em até R$ 2 240 trilhões, com crescimento de 11,55% em relação ao ano passado. Esse é o limite máximo da meta para o estoque da DPF fixada no Plano Anual de Financiamento (PAF) deste ano, divulgado nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional. A banda tem intervalo entre R$ 2,100 trilhões (limite mínimo) e R$ 2,240 trilhões (limite máximo). Em 2012, a DPF fechou o ano em R$ 2 008 trilhões.
No cenário mais otimista, o estoque da dívida poderá crescer R$ 92 bilhões, alta de 4,58%. Já no cenário mais pessimista a dívida terá uma expansão de R$ 232 bilhões. O PAF é um documento divulgado todos os anos pelo Ministério da Fazenda que contém metas e diretrizes para os principais indicadores da dívida pública interna e externa.
Dívidas externa e interna
A necessidade líquida de financiamento do Tesouro Nacional para pagamento da Dívida Pública Federal (DPF) em 2013 será de R$ 412 6 bilhões. Mesmo com a queda dos juros, a necessidade de financiamento aumentou em relação ao ano passado. A estimativa do PAF de 2012 era de R$ 362,34 bilhões.
Segundo o PAF deste ano, os vencimentos da dívida externa em 2013 serão de R$ 10,7 bilhões e da dívida interna, de R$ 493,2 bilhões. O Tesouro ainda prevê vencimentos e pagamentos de juros de títulos na carteira do Banco Central de R$ 39,9 bilhões, que precisam ser pagos com recursos orçamentários. Por outro lado, já há uma projeção no Orçamento deste ano de R$ 131,2 bilhões que serão utilizados para pagamento da dívida federal.
O Tesouro Nacional informou que já adquiriu no mercado US$ 9,7 bilhões, o suficiente para o pagamento de 61% da dívida externa a vencer até 2015. O Tesouro pode comprar dólares antecipadamente para o pagamento da dívida até o equivalente ao valor dos vencimentos nos próximos 1.500 dias (cerca de quatro anos).