O fraco segundo semestre de 2012 pesará sobre o crescimento alemão neste ano, mas o mercado de trabalho do país e as condições de concorrência ajudarão o país a acelerar a expansão em 2014, afirmou a Comissão Europeia nesta sexta-feira, em sua previsão de crescimento mais recente.
A Comissão Europeia disse que um mercado de trabalho "robusto" e condições econômicas melhores deverão ajudar a maior economia da Europa a se recuperar para uma taxa de crescimento de 2,0% em 2014, depois de crescer apenas 0,5% este ano. Isso significa um corte na previsão de crescimento para 2013. No ano passado, a comissão havia projetado uma expansão de 0,7% para 2013 e, em novembro, o órgão revisou o número e afirmou que a Alemanha cresceria 0,8% este ano.
O índice Ifo de confiança das empresas também aumentou a confiança sobre a Alemanha nesta sexta-feira, atingindo 107,4 em fevereiro, o seu nível mais alto desde abril do ano passado e marcando o maior salto no índice desde julho de 2010.
A previsão da Comissão e Ifo sugerem que a Alemanha vai continuar a realizar um papel crucial em tirar as 17 nações da zona do euro da recessão.
"Os fundamentos sólidos da economia alemã, em especial, para o mercado de trabalho robusto e a competitividade forte, juntamente com um ambiente externo melhor, devem permitir que a atividade econômica recupere a força no decorrer deste ano", escreveu a Comissão.
O órgão também disse que, neste ano e no próximo ano, as importações para a Alemanha deverão superar as exportações. Isto terá o efeito de reduzir o superávit em conta corrente, uma medida ampla da força de exportação na economia. Em teoria, mais importações poderiam fornecer o alívio necessário aos vizinhos da Alemanha, muitos dos quais estão em recessão profunda.
A situação fiscal da Alemanha continuará saudável mesmo que o saldo orçamentário das administrações públicas devam cair para um déficit este ano por causa do declínio das receitas fiscais. A Comissão espera que o orçamento se mova de um superávit de 0 1% no ano passado para um ligeiro déficit de 0,2% este ano. Ainda assim, o orçamento ciclicamente ajustado do país permanecerá em território positivo este ano, atingindo 0,4% do PIB, de 0,1% da mesma proporção no ano passado.