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Estado de Minas

FGV prevê alta menor para o IPC-S em fevereiro


postado em 25/02/2013 11:28

A alta do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no fechamento de fevereiro pode ser menor do que a previsão da FGV, de 0,20%. Depois do resultado da terceira quadrissemana do mês (0,26% ante 0,55% na leitura anterior), o coordenador do índice, Paulo Picchetti, disse que não será surpresa se o resultado cheio de fevereiro vier abaixo do estimado.

"É capaz de fechar um pouco abaixo, pois a única dúvida que tínhamos era com relação ao grupo Alimentação", disse o economista. O grupo Alimentação saiu de uma alta de 1,86% na segunda quadrissemana do mês para 1,48% na prévia divulgada nesta segunda-feira. "O índice está convergindo para essa previsão de 0,20% e pode até vir abaixo dela".

De acordo com Picchetti, a previsão fica mantida, a princípio, pela dificuldade de prever o comportamento do grupo Alimentação, dada a alta influência dos eventos climáticos. Da segunda para a terceira quadrissemana de fevereiro, o item hortaliças e legumes foi um dos destaques no grupo, ao recuar de 17,17% para 12,39%. "Na passagem do fechamento de janeiro para a primeira semana de fevereiro, o grupo ainda estava acelerando (de 20,02% para 21 41%), mas na segunda leitura do mês já passou para 17,17% e agora para 12,39%. Estamos voltando a uma condição de oferta normal depois de uma variação climática que tivemos no início do ano", disse o economista.


Como Alimentação é o grupo mais numeroso do IPC-S, o recuo gerou um menor índice de difusão (que mede o porcentual de preços de itens em alta). Na terceira quadrissemana do mês, o indicador de difusão ficou em 63,53%, o menor resultado desde a terceira leitura de agosto de 2012, quando ficou em 61,76%. "O lado positivo é o coeficiente de difusão, que deu uma boa reduzida. Isso está muito ligado ao grupo Alimentação." Na leitura da semana passada, o indicador de difusão tinha ficado abaixo de 70%, em 68,24%, pela primeira vez no ano.

Energia

A redução na tarifa de energia teve a maior influência negativa no indicador, o que, de acordo com Picchetti, já era esperado. Caso o corte na conta de luz não ocorresse, o IPC-S da terceira quadrissemana de fevereiro ficaria em 0,79% e não em 0,26%, como registrado. "Energia elétrica, educação e cigarros caindo - isso era sabido. E também, do outro lado, a questão da gasolina aumentando a pressão. A dúvida era por causa dos alimentos", disse o economista.


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