O crescimento da arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em janeiro ajudaram a levar o resultado do mês a um novo recorde histórico. O pagamento dos dois tributos somaram R$ 34 018 bilhões, alta de 20,33% em janeiro deste ano na comparação com um ano atrás.
Segundo os dados da Receita Federal divulgados nesta segunda-feira o pagamento da primeira cota ou cota única dos dois tributos e a antecipação de pagamentos do ajuste anual do IRPJ e da CSLL apresentaram crescimento em relação a janeiro do ano passado, quando pela primeira vez a arrecadação superou a marca dos R$ 100 bilhões.
As empresas que declaram pela estimativa mensal foram as que mais contribuíram (R$ 16,146 bilhões), com um alta de 49,51% em relação a janeiro de 2012. O valor é referente ao resultado apurado no último trimestre de 2012. A declaração de ajuste anual, cujo vencimento será apenas em março, gerou uma arrecadação de R$ 4,328 bilhões, 0,38% a mais que no ano passado.
As empresas financeiras tiveram um aumento de 12,66% no pagamento de IRPJ e CSLL a título de antecipação de tributos relativos ao lucro obtido no ano passado. As demais empresas (não financeiras) registraram queda de 16,20% na antecipação da declaração de ajuste anual. As empresas costumam fazer o pagamento antecipado quando há sobra de caixa, mostrando uma boa lucratividade. Com a antecedência no recolhimento, elas evitam a correção do valor pela taxa Selic.
De acordo com a Receita Federal, o recolhimento do IRPJ e da CSLL foi responsável por 82,82% do crescimento da arrecadação em janeiro deste ano em relação a janeiro de 2012. Outro fator que contribuiu foi o pagamento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre cigarros (IPI-Fumo), que teve uma participação no aumento do mês de 9,68%.
A Receita Federal afirmou que os principais indicadores macroeconômicos no final do ano também influenciaram a arrecadação de janeiro, como o aumento das vendas de bens e serviços, o crescimento da massa salarial e do valor em dólar das importações. Apenas a produção industrial, que registrou queda em dezembro, que influenciou negativamente o pagamento de tributos.